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Produtoras de games atendem às exigências de dubladores em greve nos EUA

Os profissionais querem melhores condições de trabalho e ganhos proporcionais.

por Andrei Longen
Produtoras de games atendem às exigências de dubladores em greve nos EUA

A grave dos atores e dubladores dos estúdios de entretenimento nos Estados Unidos acaba de passar de fase. Algumas produtoras de games resolveram atender às exigências dos profissionais atualmente em greve. Como resultado, cada um dos trabalhadores irá receber pagamentos adicionais baseados no volume proporcional de vendas dos games em que atuaram.

A informação surgiu do SAG-AFTRA, sindicato da categoria no país. O órgão estava há mais de um ano promovendo uma greve geral de profissionais vinculados a ele contra 11 desenvolvedoras de games. Entre elas Activision, Electronic Arts, Insomniac Games, Take-Two e Warner Bros. A medida exigia melhores condições de trabalho, além de compensações proporcionais por títulos vendidos.

Não foi divulgada uma lista oficial com as produtoras que decidiram atender às exigências. Ainda assim, algumas delas concordaram em pagar quantias residuais aos profissionais a cada 2 milhões de unidades vendidas de um jogo. O teto desse montante seria de quatro pagamentos, considerando que o mesmo game chegue às 8 milhões de cópias comercializadas.

Apenas o começo

O SAG-AFTRA informou que apenas 30 games de mais de 20 produtoras aderiram ao acordo. Mas existem muitos outros títulos e produtoras que ainda estão em pendência. Isso significa que várias desenvolvedoras de games de sucesso ainda não se pronunciaram ou simplesmente não aderiram aos pedidos do sindicato. E isso, segundo o órgão, é uma questão bastante delicada.

A presidente do SAGA-AFTRA, Gabrielle Carteris, comentou a situação. E destacou a importância de decisões ágeis para garantir a melhoria dos serviços e evitar novas paralisações.

Esse é um momento crucial. As companhias de videogame estão prontas para começar novas produções. Elas precisam e querem nossos membros.

A declaração dá a entender que, se novas negociações não forem fechadas, é possível que haja nova leva de greve nos próximos meses. E, com isso, alguns títulos em produção podem ser afetados. Já os que nem começaram podem acabaram atrasando ainda mais os cronogramas originais das produtoras.