Horizon Zero Dawn: Sony revela detalhes da criação de Aloy

No bate-papo com a imprensa do qual o Meu PS4 participou na última semana, Hermen Hulst, diretor geral da Guerrilla Games, disse que ainda é cedo para dizer se Aloy se tornará uma cara do PlayStation, como Nathan Drake e Kratos, por exemplo. Mas a cada novo conteúdo divulgado sobre o jogo, fica mais clara a intenção da Sony de alçá-la a este posto. Nesta segunda (13), por exemplo, um post no PlayStation Blog detalha como foi o processo de criação da heroína.

Hermen já havia dito que Aloy foi o primeiro pilar básico do jogo, e que ela esteve no conceito da aventura desde os primeiros passos dados pelos desenvolvedores. John Gonzales, lead designer da empresa, confirma. Segundo ele, uma jovem caçadora de cabelos ruivos estava presente na arte conceitual inicial do jogo e, desde então, nunca mais pensou-se em outra alternativa.

E em uma imagem particular ela está sentada em uma colina olhando para este vale com ruínas antigas ao fundo… era como se ela tivesse saído da arte conceitual e dissesse “Eu vou ser o personagem principal do jogo – contou

Mathijs de Jonge, diretor de Horizon, explica que Aloy tornou-se uma personagem não só carismática como de excelente jogabilidade, o que é fundamental para que ela tenha uma recepção ainda melhor do público.

No começo do projeto não sabíamos exatamente quais seriam as regras do mundo, então entre esses pilares, Aloy tinha que ser uma personagem muito ágil e fluida, e a mecânica de combate, além do sistema furtivo tinham de ser perfeitos – observou.

Para completar a imagem e a jogabilidade, faltava apenas a voz. Então, a Guerrilla Games decidiu trabalhar com Emmy Ashly Burch, vencedora do BAFTA Awards, um dos mais conceituados prêmios da indústria do entretenimento mundial. É dela a interpretação da nova heroína do PlayStation 4.

Tivemos muita sorte ao encontrar Ashly. Sua voz transmite as três qualidades que precisamos para Aloy. Em primeiro lugar vem a sua força e dureza incríveis, essa sensação de ver à frente alguém durão e que você não iria querer mexer com essa pessoa. Então há uma inteligência e sagacidade que se encontram na voz de Ashly. E finalmente, há uma vulnerabilidade e uma certa dor por conta das experiências de Aloy crescendo fora de seu grupo, e sempre como uma selvagem. Aloy é alguém que sempre sonhou em ser aceita e pertencer a uma comunidade, mas ao mesmo tempo odiava essa mesma comunidade pelo tratamento que ela recebia – há esse conflito em si mesma sobre querer pertencer. Que nós, como escritores, tentamos entender e escrever de maneira sutil – mas não funcionaria se não encontrássemos uma atriz que pudesse transmitir isso – destacou John Gonzales.

Tudo foi construído pensando nos mínimos detalhes. Inclusive as situações em que o jogador deve tomar decisões por Aloy. Haverá momentos em que você terá que escolher ir por um caminho ou por outro, o que fará com que a reação de cada pessoa possa ser diferente e tornar a experiência ainda mais imprevisível. Pelas experiências iniciais em testes e o grande número de cosplayers de Aloy, a receita parece ter dado certo.

Nós nos concentramos muito na criação do melhor personagem possível que pudéssemos imaginar. Nós nunca pensamos que o chamariz fosse tão grande para a nossa protagonista, nós pensamos que ela seria a melhor pessoa, a melhor personagem possível para jogar neste mundo. As pessoas que jogaram o game até agora parecem ter realmente curtido ser Aloy. Os cosplayers nos dão essa sensação de que Aloy é uma personagem que as pessoas realmente querem se tornar. Há algo nela que chama a atenção de todos em termos de design visual, habilidades e sobre a história que eles querem conhecer e isso é realmente emocionante e inspirador – completou Gonzales.