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Criador de Detroit: Become Human detalha enredo do jogo

Detroit: Become Human promete ser uma experiência diferenciada.

por Thiago Barros
Criador de Detroit: Become Human detalha enredo do jogo

Detroit: Become Human é um game que promete honrar a tradição de estilo de jogos da Quantic Dream e trazer um gameplay inovador para o PlayStation 4. Mas o que está por trás do enredo da Revolução Android que foi apresentado na E3 desse ano? David Cage, criador da obra, falou um pouquinho sobre isso em uma publicação no blog oficial da PlayStation.

O diretor da Quantic, que também é responsável por Heavy Rain e Beyond: Two Souls, explicou que o jogo trata de androides criados pelos humanos para preencherem determinadas lacunas de suas vidas. Mas eles se tornaram tão perfeitos que você até os confunde com as pessoas de verdade. A ideia era fazer um ambiente real e não tanto algo “futurista”.

Uma vovó androide para cuidar de suas crianças, por exemplo, foi criada para parecer uma avó, parecer materna. Por que dar super poderes para uma professora? Ou uma enfermeira? Não faz sentido. Pensamos em criar androides com olhos vivos, com movimentos detalhistas. Nós sofremos para pensar nas roupas, mas fizemos o paralelo com smartphones de hoje. Você pode ter uma versão simples, mas personalizar como quiser, e seguimos essa tendência – explicou.

Os androides no jogo são um negócio. Uma empresa chamada CyberLife os produz e trabalha para colocá-los no meio da população, deixando-os cada vez mais humanos.

Você pode ter um androide para ser seu assistente, um professor para seus filhos, uma enfermeira. É como seu telefone. Mas você não pode fazer upgrades neles. Tem que comprar novos. Há um business por trás disso – observou.

Mas de onde surgiram androides tão perfeitos? Cage também respondeu a esse questionamento.

Eu queria dar realidade biológica a eles. Então, foi possível fazê-lo pensando na combinação de duas tecnologias novas: uma são os bio-componentes, módulos internos que parecem com órgãos. A outra é a energia gerada por eles, que é transportada pelo corpo por um sangue azul – destacou.

Sem paralelos com a vida real

Em entrevista ao Polygon, Cage foi além. Muita gente, quando viu o trailer da revolução liderada por Markus na E3 2017, logo começou a traçar paralelos entre o sentimento dos androids e a vida real. O criador de Detroit: Become Human, porém, garante que não quer passar nenhuma mensagem para a humanidade.

A história que estou contando é sobre androides. Eles estão descobrindo emoções e querem ser livres. Se quiserem fazer paralelos com isso, tudo bem, mas minha história é sobre androides que buscam liberdade. Eu não quero dar respostas, e isso é importante pra mim. Não quero dar uma mensagem para a humanidade, eu quero apenas fazer perguntas, que cada um vai responder como achar certo – concluiu.

Detroit: Become Human é mais um exclusivo de um line-up que promete para o PlayStation 4 nos próximos anos. O jogo, anunciado em 2015, tem lançamento previsto para o ano de 2018. Aguardamos ansiosamente!