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Ubisoft quer transformar experiências dos seus jogadores; entenda como

O que é bom não precisa acabar rápido.

por Thiago Lima
Ubisoft quer transformar experiências dos seus jogadores; entenda como

Uma revolução no mundo das histórias dos games. Essa é a proposta da Ubisoft para a produção dos seus jogos. O objetivo é sair do padrão de jogos finitos ou que sejam muito conclusivos, abrindo espaço para expansões mais complexas.

Um processo que a empresa já vem aplicando aos seus jogos e, ao que tudo indica, vem alcançando relativo sucesso junto aos seus fãs. Tudo confirmado pelo próprio vice-presidente executivo da produtora canadense, Lionel Raynaud.

Muito além do conflito e sua resolução

Em entrevista ao blog oficial da Ubisoft (via Eurogamer), Raynaud falou sobre essa transformação no modo de enxergar as histórias dos games produzidos na empresa. Um claro afastamento das experiências com um final pré-determinado.

A intenção é fazer com que o problema a se resolver no jogo não seja único. Como na vida, ao se vencer um desafio, outros aparecerão, mantendo-nos ocupados sempre. Assim, a Ubisoft não deseja que ao vencer um grande obstáculo o jogo simplesmente termine.

Ainda segundo Raynaud, para que essa mudança possam acontecer, as histórias precisaram ser mais bem elaboradas, deixando a possibilidade para enredos mais complexos e mecânicas de jogo capazes de continuar estimulando os jogadores.

“O que nos motivou foi o desejo de não apresentar histórias tão fechadas. Não é simplesmente matar o vilão e terminar a aventura. Antes era preciso apenas um antagonista forte e o objetivo era derrotá-lo. Usamos muito essa receita.

Mas depois da vitória, o jogador deixava o jogo, por não ter mais o que fazer. Quebrando esse ciclo, damos a possibilidade de vitórias mais enfáticas, dando a oportunidade de ser um heroísmo de maior alcance. Sempre haverá um novo objetivo.

Por isso é preciso de uma maior complexidade. Os impactos das vitórias são inúmeros. Se derrotar um ditador, por exemplo, temos mudanças econômicas na região, transformações políticas, relações de poder diferentes, que podem desencadear novas missões.”

Portanto, o segredo, segundo Raynaud está na evolução da narrativa das histórias dos jogos. Quanto maiores as possibilidades de detalhes do enredo, mais próximo da expansividade buscada pela empresa.

“Podemos ter diversas experiências com diferentes sistemas de jogo no mesmo mundo, basta que esse universo seja rico e complexo e os sistemas de desenvolvimento sejam robustos o suficiente.”

Continuaremos conferindo essa evolução dos jogos da Ubisoft em Assassin’s Creed Odyssey, que chegará às lojas no dia 5 de outubro de 2018.