Take-Two não confia no sucesso de IAs ou jogos na nuvem
Strauss Zelnick, diretor executivo da Take-Two Interactive, não confia tanto assim nas novas tecnologias
Strauss Zelnick, diretor executivo da Take-Two Interactive, está bem seguro de que as IAs não são uma ameaça para a indústria de jogos. Em entrevista com a IGN, ele falou das novas tecnologias disponíveis no mercado e citou GTA, games disponíveis via nuvem e muitos outros assuntos.
O CEO da publisher entende que, mesmo com uma ferramenta capaz de criar conteúdo do zero com base em um banco de dados, não será possível fazer grandes coisas sem um entendimento prévio do assunto. Citando o ChatGPT, ferramenta capaz de entregar textos prontos, ele explicou o seguinte:
O ChatGPT é a calculadora de hoje. Quando eu era criança, não existia tal coisa, odeio admitir, mas é verdade, por isso tive de fazer matemática à mão. E depois apareceram as calculadoras e os pais estavam de braços cruzados e pensaram: ‘Oh, as crianças não terão de aprender mais matemática’, e a resposta é sim, ainda precisam aprender matemática, mas têm uma ferramenta que facilita a sua utilização. E o ChatGPT é a mesma coisa.
Resumindo, para o chefão da Take-Two Interactive, as ferramentas são bastante interessantes, mas não tão poderosas a ponto de pedirem para fazer um novo GTA e esse desejo se realizar em segundos. “As pessoas vão tentar, mas isso não vai acontecer”, disse.
Estamos inaugurando uma era muito emocionante de novas ferramentas e elas vão permitir que as nossas equipes e as equipes dos nossos concorrentes façam coisas realmente interessantes de forma mais eficiente, por isso vamos querer fazer mais, vamos querer ser ainda mais criativos.
Para a Take-Two, os jogos via nuvem não são um modelo de negócio
Zelnick citou os jogos via nuvem como uma tecnologia e não um modelo de negócios. Em sua explicação, o CEO da Take-Two ainda lembrou do Google Stadia, que teve seus serviços cancelados recentemente:
Nunca senti que o Cloud Gaming representasse uma mudança sísmica, porque penso que se está preparado para pagar 60 ou 70 dólares por um título de primeira linha, também está preparado para comprar uma console, e acho que o Stadia provou isso. Assim, trazer títulos de alta qualidade aos consumidores que não têm consoles terá provavelmente um efeito à volta dos limites, mas não creio que seja uma revolução no negócio. Acho que será mais uma evolução. E ainda há desafios técnicos a serem enfrentados.
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