Sindicato de Atletas processa a EA em ação de R$ 50 milhões
Deu ruim!
De acordo com o globoesporte.com, o Sindicato dos Atletas de São Paulo cobra na justiça uma indenização milionária da Electronic Arts, responsável pela produção do jogo de futebol virtual FIFA.
Segundo o entendimento do sindicato, a produtora utilizou imagens de diversos atletas sem autorização ou mesmo contra-partidas financeiras. A causa do processo gira em torno de R$ 50 milhões.
A ação reivindica pagamento referente as versões de FIFA e FIFA Manager lançadas entre os anos 2004 a 2017. Segundo consta, mais de 4 mil aparições de atletas ocorreram nestes jogos sem consentimento.
Leonardo Laporta, advogado que representa a organização, pede que cada jogador receba indenização de R$ 20 mil de danos morais, mais o salário mensal que cada um dos atletas recebia durante o período.
É o que o atleta deixou de receber por não negociar esse direito – explica Laporta.
O processo, no entanto, não conta com os jogadores como Wellington Paulista (atacante da Chape), Camilo (meia do Inter de Porto Alegre) e Vanderlei (arqueiro do Santos) que já haviam entrado com ação contra a EA anteriormente. Para estes, a Justiça Brasileira foi favorável e a EA teve que pagar indenizações que variaram entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
O caso acima será usado como jurisprudência pelo defensor da causa do Sindicato dos Atletas.
E a situação pode ficar ainda mais complicada para empresa norte-americana, isso porque as cobranças não vão se limitar aos jogadores de São Paulo. Outras medidas, semelhantes, estão sendo preparadas na Bahia, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina.
A EA não se manifestou sobre o assunto.
Sem atletas brasileiros
Este é um dos principais motivos pelos quais atletas que atuam nos gramados brasileiros não aparecem em jogos como FIFA e PES. Konami e EA preferem não arriscar tanto com receio de serem processadas.
Além disso, os trâmites burocráticos para licenciar um atleta em jogos são extremamente complexos. Ao contrário de outros países, no Brasil é necessário que cada jogador seja licenciado individualmente, o que dificulta bastante todas as inclusões.