Organização britânica pede cancelamento de Detroit: Become Human

Sabe aquele trailer fantástico de Detroit: Become Human que vimos na Paris Game Week (relembre aqui)? Então, a patrulha do politicamente correto está de olho nele. No Reino Unido, já há organizações exigindo que a Sony cancele o jogo, ou pelo menos aquela cena em que uma menininha é maltratada pelo pai – e pode ou não ser salva com sucesso por uma robô.

Esther Rantzen, responsável pela Childline, uma organização de suporte e orientação a crianças, se manifestou contra o game em uma entrevista ao polêmico tabloide Daily Mail. Segundo ela, Detroit é “nojento e repulsivo” e, por isso, a Sony deveria “cancelar o jogo ou remover a cena onde uma criança virtual é ameaçada assim. Se não fizerem isso, crianças reais podem sofrer”.

Por mais piada que possa parecer, é sério, e ela não é a única a pensar dessa forma. Damian Collins, presidente do comitê de cultura, mídia e esporte do país, afirmou que é “completamente errado a violência doméstica ser parte de um videogame”. Segundo ele, “é perigoso plantar essa semente”. Curiosamente, contra novelas ou filmes que tratem disso, por exemplo, não há nenhuma manifestação…

Nem a Sony nem a Quantic Dream falaram sobre a polêmica. David Cage, diretor do jogo, já havia falado sobre a cena ao Eurogamer anteriormente, e bateu justamente nessa tecla. Afinal, “um jogo é tão legítimo como um filme, um livro ou uma peça para explorar quisquer tópicos, inclusive abuso doméstico”. E explicou que “há um contexto” para a história de Kara.