“Nos preocupamos com jogadores, não com dinheiro”, diz EA
Empresa diz estar atenta ao nível de satisfação dos seus consumidores.
A Electronic Arts é uma das gigantes da indústria dos videogames, sendo responsável pela publicação de dezenas de jogos anualmente, incluindo enormes franquias como FIFA, Battlefield, Need for Speed e muitos outros.
Mas gráficos e números de vendas não são a “missão” da companhia. Segundo explicou a vice-presidente executiva, Laura Miele, em entrevista ao site MCV, o foco da empresa é satisfazer os jogadores, os lucros são “apenas”, quest secundárias na estratégia e posicionamento dos seus produtos.
A executiva ainda explica que estamos vivendo a ‘era dourada’ dos videogames, onde a comunidade pode, efetivamente, colaborar com os estúdios, oferecendo sugestões, repassando feedback e até mesmo trabalhando em conjunto.
Eu realmente vejo isso como uma era dourada dos jogos, onde os jogadores estão no centro de nossas estratégias de negócios, nossos design de jogos e nossa execução. Internamente na EA, agora medimos o sentimento do jogador e o envolvimento do jogador em dólares ou vendas unitárias. Realmente assumimos uma mudança muito significativa. Tivemos jogadores no nosso estúdio ajudando-nos a criar o novo modo de jogo competitivo do Battlefield 1 e é por isso que acho que é uma era dourada para os jogadores, porque eles têm uma voz tão forte no que estamos criando – explicou
Falando sobre faturamento, Miele reforçou a posição de que os jogadores são o principal foco da empresa. A receita fica em segundo plano.
A relação [entre os jogadores e os jogos de EA], a felicidade, a pontuação do NPS (Grau de satisfação e fidelidade dos consumidores de qualquer tipo de empresa), são as nossas principais métricas de sucesso para a empresa agora. Não é a receita. Isso evoluiu sobre como as pessoas se sentem em relação aos nossos jogos e, finalmente, como eles se sentem sobre a EA. – Argumentou.
Com esta mudança de paradigma, a EA pretende se aproximar mais dos seus consumidores, tentando mostra-lhes o ‘valor’ por trás dos seus produtos e serviços. E a companhia pretende ir muito mais longe nesta complexa jornada.
Talvez veremos, efetivamente, na prática este modelo de negócio da empresa em seus futuros produtos como FIFA 18, Star Wars: Battlefront 2 e Need for Speed: Payback. Será que a norte-americana vai conseguir estabelecer uma relação mais direta com os consumidores?