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The Last of Us: Diretor de No Return fala sobre Bill e Marlene

Em entrevista ao site Game Rant, o diretor Matthew Gallant detalhou os novos personagens de No Return

por Thiago Barros
The Last of Us: Diretor de No Return fala sobre Bill e Marlene

Além da repaginada visual que The Last of Us Part II: Remastered trouxe, uma das maiores surpresas foi o modo roguelike No Return, que adiciona uma nova forma de jogar o clássico da Naughty Dog. Nele, os jogadores enfrentam caminhos ramificados com desafios aleatórios, upgrades e personagens com habilidades únicas, garantindo mais variedade a um jogo tradicionalmente focado em narrativa.

Com a recente chegada da versão de PC, No Return também ganhou conteúdo novo — disponível para todos. Em entrevista ao site Game Rant, o diretor Matthew Gallant e a equipe da Nixxes (que cuidou do port) revelaram detalhes de dois novos personagens jogáveis para o modo: Bill e Marlene, ambos vindos direto do primeiro The Last of Us.

Bill: mais minas, mais armas, mais caos

Velho conhecido dos fãs, Bill é o paranoico parceiro de Joel que aparece no primeiro jogo com sua inseparável espingarda. Em No Return, ele chega já com uma vantagem explosiva: começa a run com minas terrestres e tem um talento especial chamado Dead Drops, que garante recompensas dobradas ao completar desafios de coleta durante a jornada. E sim — sua pump shotgun icônica está de volta, totalmente aprimorada.

“Com o Bill, surgiu uma oportunidade bem legal. Ele tem aquela escopeta pump icônica do primeiro jogo e, claramente, é um cara bem paranoico — vive espalhando minas por todo lado. Então, logo de cara, demos a ele a mina de armadilha. E como ele trabalha com o Joel e a Tess como contrabandista, conectamos isso a uma mecânica do No Return chamada Dead Drops”, explicou Gallant.

A ideia é simples: quanto mais Dead Drops você completa, mais Bill vira uma máquina de guerra ambulante. A vantagem cresce rápido, e isso deixa o personagem ideal pra quem curte um estilo mais agressivo.

Marlene: decisões táticas e momentos arriscados

Já Marlene, líder da milícia Fireflies, oferece uma jogabilidade mais estratégica. Ela usa o rifle de assalto dos Vagalumes (aquele que só aparece no final do primeiro jogo) e possui a habilidade de mudar de caminho uma vez por run. Isso permite corrigir rota quando uma sequência de desafios parece injusta.

“E aí tem a Marlene, que foi interessante de desenvolver porque ela é a líder dos Vagalumes. Então pensamos: como podemos transformar isso em gameplay? Primeiro, ela usa o rifle de assalto de The Last of Us Part 1 — aquele que só aparece no final do jogo, usado pelos Vagalumes. Ele nem chegou a aparecer no Part 2, então trouxemos de volta só pra ela”, contou Gallant.

Mas a vantagem tem um preço: Marlene entra na partida com os chamados Gambits “Tudo ou Nada” — desafios como “eliminar três inimigos com headshot” ou “matar com bomba de armadilha”. Se não cumprir, nada de recompensa no fim da fase. É um personagem claramente voltado para jogadores mais experientes, que já conhecem bem os atalhos e perigos do modo.

Com essas adições, No Return continua se consolidando como um dos modos mais interessantes de The Last of Us Part II: Remastered, trazendo mais vida (e morte) ao mundo pós-apocalíptico da série.