Antes de Quiet em Metal Gear Solid 5, Kojima queria evitar sexualização excessiva
Entrevista antiga de Hideo Kojima revelou que a ideia era se afastar de "personagens femininas com bustos enormes"
Ao longo das últimas décadas, Hideo Kojima provou que nada em seus games é de graça. Por mais que fossem extravagantes ou, até mesmo, descontextualizados, seus personagens tinham papéis fundamentais, seja através de ações ou por meio do design.
E foi esse o impacto causado por Quiet em Metal Gear Solid 5. Além de ser muito “badass” e sobrenaturalmente poderosa, a aliada de Snake chamou a atenção por motivos além da narrativa — e, segundo entrevista anterior de Kojima, isso não deveria ocorrer.
Declaração de Kojima contrasta com lançamento de Metal Gear Solid 5
Em conversa com a revista The PlayStation durante o ano de 1998, o criador de Death Stranding afirmou que não queria trabalhar em personagens “apenas visualmente estimulantes”. De acordo com ele, isso seria “desonesto”.
É uma história séria e pesada, e eu queria personagens que pudessem lidar com esse mundo. Designs que são ‘desonestos’, estranhos ou feitos apenas para serem visualmente estimulantes, como personagens femininas com bustos enormes… não gosto disso.
Eu queria personagens que, só de olhar para suas roupas, você seria capaz de dizer que tipo de pessoa eles eram e quais eram suas motivações.
O resto todos os fãs de Metal Gear já sabem. Dezessete anos depois da entrevista, chega Metal Gear Solid 5: The Phantom Pain, apresentando Quiet como potencial cânone e causando uma verdadeira polêmica nas redes sociais por sexualização excessiva.
Metal Gear Solid 5 está disponível para PS4, Xbox One e PC. O título pode ser jogado na nova geração de consoles via retrocompatibilidade.