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“Gangue dos games” forjava defeitos em consoles e ameaçava vítimas; entenda

Criminosos usavam fotos falsas para aplicar golpes em vendedores selecionados

por Jean Azevedo

Até para vender um videogame atualmente é necessário ter um pouco de cuidado na internet. Uma tal “gangue dos games” vinha aplicando uma série de golpes em diversas plataformas na internet ao forjar defeitos nos videogames e ameaçar os vendedores com armas de fogo e “visitas indesejadas”.

O plano deles era o seguinte: comprar games de vendedores selecionados em marketplaces, marcar a retirada de forma presencial e em seguida mandar vídeos apresentando possíveis defeitos nos produtos adquiridos — consoles de diversas marcas.

Esses supostos defeitos eram forjados, mentirosos e serviam como uma ferramenta de extorsão. Ao fazer novo contato após ter efetuado as compras, os membros da Gangue dos Games tentavam conseguir parte do dinheiro de volta para pagar o conserto dos videogames. 

Quando não conseguiam, ameaçavam as vítimas com vídeos de armas. Como os vendedores tinham cedido os produtos em suas residências, eles acabavam sendo forçados a colaborar com os criminosos nesse esquema. 

Veja como usaram um PS4 para o golpe:

@metropolesoficial

A #Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou operação, nas primeiras horas desta quinta-feira (4/7), para desmantelar uma organização crim1nosa especializada na extorsão e estelionato cometidos contra pessoas que vendiam #videogames por meio de plataformas digitais. Pelos menos 50 vítimas do #DF e Entorno caíram na rede chantagem e ameaças de m0rte e perderam os aparelhos e dinheiro. Foram cumpridos sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão nas regiões de Samambaia, Guará, Lúcio Costa, Feira dos Importados do SIA e Vicente Pires, todos expedidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga. As apurações da Operação Reset, desencadeada pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), tiveram início após uma vítima procurar a unidade policial para denunciar extorsão decorrente da venda de um videogame. Os investigadores descobriram que a organização era bem estruturada, com divisão de tarefas entre seus integrantes. Uma parte do grupo era responsável por identificar potenciais vítimas que anunciavam seus produtos em plataformas digitais. Em seguida, essas informações eram repassadas para outra parte do grupo, encarregada de ir até a casa da vítima, recolher o produto e realizar o pagamento. Após colocar as mãos nos aparelhos, os golpistas mantinham novo contato com a vítima, alegando que o videogame apresentava defeitos. Para convencê-la, o bando enviava vídeos e fotos de peças velhas e danificadas de outro aparelho, exigindo a transferência de dinheiro para consertá-lo. Essa exigência persistia até que o grupo recuperasse todo o valor investido. #tiktoknotícias

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A “Gangue dos Games” tinha um padrão de organização

A Gangue dos Games não agia como qualquer bando tentando tirar dinheiro de gente honesta, não. Eles mapeavam possíveis vítimas, pegavam peças antigas, montavam todo o cenário para fingir o defeito, e cada um tinha uma função.

O caso ocorreu no Distrito Federal nas regiões de Samambaia, Guará, Lúcio Costa, Feira dos Importados do SIA e Vicente Pires. De acordo com o portal Metrópoles, todos os sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão foram expedidos 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) e tiveram início após uma vítima procurar a unidade policial.

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