Fãs questionam homenagem a falecido produtor em Sombras da Guerra
Entenda o caso.
Na última semana você viu aqui que a Monolith e WB Games anunciaram uma espécie de homenagem ao ex-diretor de Terra-Média: Sombras da Guerra, Michael Forgey, vítima de câncer aos 43 anos.
Para honrar o legado do produtor, que era muito querido dentro da equipe, o estúdio anunciou um DLC para o game chamado de Forthog Orc-Slayer (saiba mais clicando aqui). O conteúdo adicional será comercializado por US$ 4.99 e parte dos lucros será destinado a família de Forgey (esposa e três filhos) para que eles possam custear os tratamentos da doença do produtor.
Entretanto, a suposta boa ação não foi tão bem recebida pela comunidade, onde muitos acusaram a Warner Games e o estúdio de tentarem lucrar com o caso, isso porque a revelação da ação contava com letrinhas miúdas e uma análise mais criteriosa revelava que: nem todas as vendas (vendas realizadas a partir de alguns estados dos Estados Unidos não teriam seus lucros repartidos com a família) faziam parte da ação.
Além disso, vendas internacionais (fora dos Estados Unidos) também não seriam compartilhadas com a família do desenvolvedor.
A falta de clareza na ação motivou muitos sites e fãs a questionaram a Warner Bros e a Monolith, estúdio responsável, sobre os verdadeiros termos do contrato e de que forma tudo será contabilizado.
No Twitter, o perfil oficial do jogo tentou esclarecer a situação, explicando que nem a WB ou a Monolith se beneficiarão com quaisquer vendas do DLC, independente do território em que ele seja comercializado.
Mesmo assim, ainda não ficou claro para onde vão todos os valores arrecadados. A outra parte, além daquela partilhada com a família, para onde irá? Já que muitas pessoas estão aderindo, ao que parece ser uma boa causa, seria importante as partes envolvidas deixar tudo transparente.
Neither WBIE nor Monolith will profit from any sales of the Forthog Orc-Slayer DLC regardless of the territory in which that DLC is sold.
— Shadow of War (@shadowofwargame) September 6, 2017
Já o site Polygon, em um artigo destaca como o estúdio poderia homenagear o produtor sem protagonizar polêmicas e cita a EA como um bom exemplo para a situação.
O portal explica um caso semelhante. Quando Simon Humber, um dos produtores da série FIFA, também vítima de câncer, faleceu, a EA adicionou ao game, gratuitamente, o estádio do Portsmouth, clube do coração de Humber, colocando uma coroa de flores embaixo de uma das traves dos gols.
Outro exemplo envolve a Chapecoense, equipe brasileira vítima de um terrível desastre aéreo no final do ano passado. Na ocasião, a EA adicionou escudo e uniformes do clube no Ultimate Team – gratuitamente – e ainda tornou todos estes itens inegociáveis no jogo, evitando que oportunistas pudessem faturar com os itens nos leilões in-game.
O redator ainda conclui:
É assim que você homenageia. Você torna algo especial que todos podem ter, não apenas aqueles que estão dispostos a pagar. Dar diretamente a boas causas ou à família do falecido também é um ato nobre.
De toda maneira, esta ação, que aparentemente pode ser uma boa forma de ajudar a família do falecido, precisa ser definitivamente esclarecida, até para não manchar a imagem das empresas envolvidas.