Ex-PlayStation critica jogos de R$ 350 que chegam bugados e sem polimento

Nem todo mundo na indústria de games está de acordo com a cobrança de US$ 70 (R$ 350 no Brasil) nos lançamentos recentes. Shuhei Yoshida, que deixou a PlayStation após 31 anos, ao menos deseja ver os consumidores vendo seu investimento valer a pena, e não recebendo títulos bugados como resultado.

Em entrevista ao VentureBeat, o ex-Sony foi bem direto quando perguntado sobre o assunto. Quer cobrar R$ 350? Ok, mas ao menos entregue um produto de alta qualidade e respeite os consumidores. Confira a resposta de Yoshida:

Jogadores são a razão pela qual podemos fazer nossos trabalhos. Criar jogos, vender jogos, promover jogos, escrever sobre jogos. Sem nossos clientes, nada disso acontece. Para mim, todo mundo é um cliente. Sim, eles são apaixonados, então podem ficar bravos. Mas eles só têm uma certa quantia de dinheiro. Gastar US$ 70  é um grande investimento. Se um jogo tem bugs, se não é polido, é claro que eles ficam chateados. Eles tinham outras opções para gastar esse dinheiro. Eu tenho um apreço básico pelos nossos clientes e por quem eles são. É apenas uma questão de perspectiva. Você não pode olhar as coisas de apenas um ângulo. Se você disser a alguém: “Sim, esse é um ângulo, mas você já pensou sobre isso assim?”, eles podem mudar de ideia. Isso é o que eu tenho tentado fazer.

Você concorda com o ex-PlayStation?

“Achei que a PlayStation estava acabada”, diz Yoshida sobre a era PS3

Yoshida tem soltado muitas informações sobre os bastidores da PlayStation e seus 31 anos trabalhando junto à marca. Segundo ele, a única vez que as coisas ficaram “sinistras” foi quando o PS3 estreou e as vendas não foram tão bem assim. Saiba mais aqui!