Diretora de The Witcher 3 não vê IA substituindo atores nos games
Segundo Kate Saxon, diretora de performance de The Witcher 3, fala que "brilho humano" nunca será superado. Será?
A discussão sobre inteligência artificial nos games está cada vez mais presente, e muita gente já se pergunta: será que um dia a IA vai substituir os atores humanos? Para Kate Saxon, diretora de performance responsável por The Witcher 3: Wild Hunt, a resposta é um firme “não”.
Em entrevista à revista Edge (via Games Radar), Saxon afirmou que não acredita que a tecnologia vá substituir completamente os atores — especialmente em jogos que valorizam narrativa forte, personagens complexos e diálogos com peso. “Não se trata apenas de entregar falas ou animar rostos. Tem algo ali — algo que não dá pra medir — que transforma uma boa atuação em algo realmente tocante”, explicou.
Com mais de duas décadas de experiência, Saxon viu de perto o impacto que atores reais causam em uma produção. Ela já trabalhou em títulos como Fable II e Alien: Isolation, e conta que um dos momentos mais marcantes é quando os dubladores finalmente entram no projeto. “É ali que os personagens deixam de ser apenas desenhos ou palavras no papel. Eles começam a respirar. Criam um pulso.”
The Witcher 3 é um exemplo disso
Ela também destaca como o clima dentro das equipes muda quando os atores chegam: as falas ganham vida, os conceitos ganham alma. Embora reconheça que ferramentas de IA podem ser úteis em tarefas mais simples, como dar voz a NPCs secundários ou gerar sons de fundo, Saxon acredita que, quando o assunto é emoção e protagonismo, os humanos ainda são insubstituíveis.
“Atores trazem mais do que vozes. Trazem vivência, instinto e inteligência emocional.”
Ou seja, por mais que a tecnologia avance, ainda tem coisa que só o coração humano entrega.