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Destiny 2: Bungie explica processo de criação de missões exóticas

Quest Escrito nas Estrelas marcou a Temporada dos Desejos com um arco de filamento como recompensa

por Thiago Barros
Destiny 2: Bungie explica processo de criação de missões exóticas

As armas exóticas são um dos grandes destaques da experiência de Destiny 2 desde os primórdios do seu antecessor. Só quem jogou sabe a emoção de dropar uma amarelinha.

E, se a aleatoriedade das recompensas de algumas atividades pode gerar uma grande adrenalina e felicidade repentina, a certeza de que ao fim de uma quest você vai ganhar um determinado item de muito valor também é bem divertido, não é mesmo? E a Temporada dos Desejos teve mais uma missão exótica épica: Escrito nas Estrelas.

Por isso, o MeuPlayStation perguntou aos desenvolvedores como é o processo de criação deste tipo de aventura in-game. Em mesa redonda com alguns veículos de imprensa latino-americanos, a equipe da Bungie revelou alguns detalhes bem interessantes das estratégias por trás de Destiny 2.

“Num nível mais alto, vemos quando é apropriado adicionar uma missão exótica e que tipo poderia ser. A partir daí, traçamos metas com base no tema, na narrativa e na história. E então, um funcionário como eu começará a escrever uma especificação para trabalharmos em linhas gerais, como quais serão os principais momentos? Nós colaboraremos com a narrativa nisso. Tentaremos encontrar muita inspiração, porque essas missões exatas a ser super memoráveis”, explicou Clayton Kisko, designer da empresa.

Inspiração essa que pode vir de vários lugares. Por exemplo, para Seraph’s Shield, ele comentou que viu muito Missão Impossível e James Bond “para realmente capturar como é essa fantasia de infiltrar-se em uma nave espacial secreta inimiga”. Já na missão atual, Nikko Stevens, funcionário sênior de narrativa, frisou que queria voltar ao Jardim Negro.

“Sabíamos que queríamos voltar ao Jardim Negro, mas não sabíamos muito mais sobre o cenário e o relacionamento dos habitantes da área, e esse foi meio que o twist que surgiu no meio da missão, com um conteúdo veio da equipe de escrita. Então, é meio que todo mundo trazendo as melhores coisas que têm no momento, para fazer a melhor refeição com isso. É um exemplo clássico  de todo mundo fazendo o seu melhor no momento com as ideias que têm”, comentou.

Inovações em Destiny 2 podem vir de qualquer lugar

Algo interessante que foi levantado por Amanda Baker, engenheira de testes, é que ela tem uma irmã gêmea que também trabalha na Bungie, na divisão de conteúdo para missões de Vanguarda, e ela foi uma das principais responsáveis por algumas inovações desta quest em particular para Destiny 2.

“Ela realmente queria introduzir um mecanismo no jogo que não exigisse muita violência e morte. Ela queria algo mais suave e delicado. Então, ela realmente trabalhou muito nessa ideia. Lembro-me dela trazendo protótipos de papel para o estúdio e me deixando jogar com eles”, contou.

Daí surgiram alguns puzzles muito elogiados pela comunidade e por outros desenvolvedores. Todd Juno, líder de arte da Bungie, e Brian Frank, líder de design, confirmaram que este processo é aberto para muitas áreas e isso faz com que realmente, as missões de Destiny 2 sejam um trabalho colaborativo.

“Cada um vem com suas interpretações e ideias. Depois que reunimos tudo e chegamos a um consenso, fica bem fluido. Por exemplo, eu gosto do Jardim Negro, aquele ambiente foi inicialmente construído para a incursão, mas como muitos dos cenários que criamos, são expansivos, queremos que o universo pareça grande. Quando estamos pensando em uma nova atividade, seja uma incursão, uma masmorra ou uma missão secreta, nos perguntamos como jogadores: para onde eu quero ir e explorar, e onde podemos nos desviar e tornar isso mais realizado, perceber essa plenitude do mundo”, disse Frank.

“Exato, o tema aqui é mais do tipo fantasia medieval. Então, mantivemos muito mais essa pegada. Você começa na Caverna e emerge neste vale, há uma área radial de arco-íris, queda d’água, rio, esse tipo de coisa, mais natural e com tema de fantasia. Então é divertido trazer esse pequeno toque nele. Você sabe, algo familiar, mas um pouco diferente que se encaixa no tema e diferentes pessoas trabalhando nele também. Então, digo que todos trazem suas próprias ideias para isso e, nós podemos ter diferentes composições e coisas que se encaixem no tema”, completou Juno.

Agora, resta saber o que toda essa galera está cozinhando para A Forma Final, última expansão do arco Luz e Trevas de Destiny e Destiny 2, que chega em junho deste ano.