CEO da SEGA rechaça novos mini consoles: “Não somos retrô”
Em entrevista ao The Guardian, Shuji Utsumi, CEO da SEGA América e Europa, desconversou sobre novos mini consoles
A SEGA está olhando para frente, deixando de lado a tendência dos consoles retrô em miniatura, que fizeram bastante sucesso, para focar em criar experiências que atraiam jogadores modernos.
Em entrevista ao The Guardian, Shuji Utsumi, CEO da SEGA América e Europa, comentou sobre a possibilidade de relançar consoles baseados no Saturn ou Dreamcast, duas das plataformas mais icônicas da empresa.
“Não estou seguindo a direção dos Minis. Isso não é comigo,” afirmou Utsumi. “Quero abraçar os jogadores modernos.”
Embora a empresa tenha conquistado um lugar especial na memória dos gamers com seus consoles clássicos, Utsumi destacou que a empresa não quer ser vista apenas como uma marca de nostalgia.
“Não somos uma empresa retro,” disse ele. “Apreciamos nosso legado, valorizamos ele, mas ao mesmo tempo queremos entregar algo novo – caso contrário, nos tornaremos história. E isso não é o que buscamos.”
Essa mentalidade marca uma mudança de foco após o lançamento de produtos como o Genesis Mini 2 (outubro de 2022), o quinto sistema em miniatura da companhia. Além do primeiro Genesis Mini, a empresa lançou dois modelos do Astro City Mini (baseados em máquinas arcade) e quatro versões do Game Gear Micro, cada uma com quatro jogos.
SEGA aposta em grandes franquias
Apesar de sua rica herança, a SEGA quer construir um futuro vibrante. Utsumi citou franquias de sucesso como Sonic, Persona e Yakuza como exemplos de pilares modernos que representam o espírito da empresa. “Ao mesmo tempo, temos outras propriedades que realmente mostram o estilo, a atitude e o contexto da marca,” disse o CEO.
Ele acredita que, ao inovar e entregar experiências relevantes, a companhia pode reconquistar o status de destaque que teve no passado. “Se fizermos isso do jeito certo, acho que os jogadores vão amar. Será um desafio – há grandes expectativas –, mas, se conseguirmos responder a elas, podemos voltar a ser a SEGA.”