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CEO da Embracer sugere possível aumento de preços de jogos AAA

Lars Wingefors diz que "nunca foi testado" um grande aumento e que empresas têm medo de testar

por Thiago Barros
CEO da Embracer sugere possível aumento de preços de jogos AAA

O polêmico diretor-executivo da Embracer ataca novamente. Defensor ferrenho do recente aumento do preço dos jogos AAA de US$ 60 para US$ 70, ele falou mais uma vez sobre como as grandes obras da indústria dos games poderiam custar ainda mais caro.

Em entrevista ao Games Industry, Lars Wingefors comentou que, provavelmente, muitos games poderiam/deveriam custar mais do que isso, mas nenhuma grande empresa tem coragem de tentar cobrar mais.

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“Não estou dizendo que você não pode aumentar o preço. Mas a realidade é que ninguém tentou isso. Se você criar um enorme jogo de RPG, por exemplo, com 100, 150 horas de jogabilidade, muito polido, e uma experiência única, o consumidor estaria disposto a pagar mais? Se estivesse, haveria mais produtos potencialmente chegando ao mercado. Mas ninguém tentou. É algo que temos discutido, mas atualmente estamos aderindo à prática da indústria. Será que uma [empresa] um dia tentará aumentar os preços? Isso ainda está para ser visto”, comentou.

CEO da Embracer justifica pensamento

Apesar de parecer algo realmente péssimo de se falar, o executivo explica que o debate se faz necessário justamente para conseguir entregar jogos ainda melhores.

“O preço desses produtos tem sido o mesmo por muitos anos, o que significa que a margem para ter sucesso é menor e, além disso, há um custo de capital mais alto. Em última análise, quando você faz grandes investimentos ou jogos, você precisa trabalhar com equipes em que confia muito, ou com IPs que você possui ou controla, e ter toda a receita financeira. Além disso, os consumidores têm mais conteúdo do que nunca para escolher. Eles adoram se envolver com IPs estabelecidos que já jogaram antes, o que significa que é mais difícil fazê-los experimentar coisas novas ou novas IPs. É algo que todos estamos enfrentando. É uma realidade à qual temos nos adaptado no último ano e continuaremos a nos adaptar a essa realidade”, completou.

Segundo ele, Alone in the Dark é um ótimo exemplo disso. Foi um grande investimento que não se pagou.