Revista revela novidades de Call of Duty: Modern Warfare
Estúdio destaca as controvérsias e temas delicados ao longo da subjetividade da história.
Call of Duty: Modern Warfare é a capa do mês de agosto da Game Informer. O site traz informações privilegiadas sobre o modo campanha “ambicioso e reformulado”. A história abandona o conceito de bem versus mal para entregar uma narrativa onde não existem lados definidos. Existe apenas a guerra.
A Infinity Ward diz que o conceito da “Guerra Moderna” mudou e, consequentemente, a própria abordagem do game. “Os inimigos não usam mais uniformes. Tudo está uma bagunça ultimamente”, revela o diretor de gameplay, Jacob Minkoff. Isso implica diretamente na forma que os jogadores vivenciarão a história.
Em uma missão, os jogadores controlam o Sargento Kyle Garrick, um soldado que quer dobrar as regras a fim de conseguir vencer a injusta guerra. Juntamente com seu esquadrão – com o Capitão Price -, eles precisam derrubar um esconderijo de terroristas.
O pelotão entra no local em diversos pontos – pela porta da frente, janela, porão – e neutraliza os habitantes. Quando Garrick passa pela cozinha, eles descobrem uma sala com outras possíveis ameaças. O soldado equipa o Óculos de Visão Noturna, atira nas luzes e abate os inimigos. A Infinity Ward diz ser possível várias abordagens, como o confronto direto caso o jogador não queira atirar nas luzes.
Durante os cenários da casa, o esquadrão se depara com uma mulher desesperada com um bebê no colo e também um sequestrador que utiliza de uma jovem como escudo humano. Após o homem ser neutralizado, a ex-refém é quem pega a arma. Em Call of Duty, não existe preto e branco. São tons de cinza.
Se você atira no cara, como fizemos na demo, a mulher pega a arma. Nós treinamos os jogadores para identificarem ameaças de forma antecipada. Isso veio através das nossas conversas com os consultores militares. Eles não definem como civis ou não-combatentes; mas existem desconhecidos e ameaças.
É no final da missão que o ápice da campanha demonstra sua subjetividade. Juntamente com o Capitão Price, Garrick precisa tomar atitudes difíceis. O capitão diz que o alvo principal está dentro de uma sala e, se possível, era necessário levá-lo vivo. O sargento entra e assusta uma mulher que procura por algo. Ela leva um tiro na perna, mas não desiste de procurar um item na mesa. Então, Garrick atira na cabeça dela. Missão fracassada? Não. Quando o esquadrão aproxima do corpo, a mulher estava prestes a detonar explosivos que matariam a todos na casa.
O diretor de narrativa, Taylor Kurosaki, diz que as escolhas difíceis serão constantes. Claro que as consequências também estão atreladas às decisões, mas ficará a critério dos jogadores em como resolverem a situação.
Se houver muitos danos colaterais – termo oficial para matar pessoas que não deveriam morrer – então vai dar game over. Porém, nada é tão simples. Você irá se questionar se é um soldado ou um psicopata que não joga pelas regras.
Kyle Garrick é apenas uma parte da história. É possível escolher uma experiência totalmente diferente na pele do agente da CIA chamado de “Alex”. Ele vive no Oriente Médio e colabora com os rebeldes locais. Um deles é a Farah.
Apesar de também estar envolvida em conflitos intensos, Farah é o oposto de Garrick. Enquanto o sargento quer derrubar os inimigos utilizando quaisquer que sejam os meios, a rebelde possui um forte senso de justiça e nega-se a abrir mão da humanidade para vencer a batalha.
Call of Duty: Modern Warfare é mais complexo
Farah luta em duas frontes da guerra: contra as forças russas que ocupam o território e contra locais que fazem coisas terríveis para manterem o controle.
A dinâmica de contraste entre os personagens também será abordado de forma importante na história de Call of Duty: Modern Warfare. O objetivo da desenvolvedora é criar uma identificação verdadeira com cada um deles.
Nós queremos que os jogadores se identifiquem com cada um deles e suas perspectivas. Quero que vocês pensem “Eu entendo o porquê fez isso, apesar de não concordar”. Essa é a complexidade da guerra moderna. Entender a narrativa das pessoas é algo super, super importante.
Com um conceito mais obscuro e complexo, a campanha promete fazer os jogadores refletirem sobre cada uma das decisões tomadas ao longo do caminho. O diretor de arte, Joel Emslie, garante um final “incrível com um ótimo storytelling”.
Call of Duty: Modern Warfare chega no dia 25 de outubro.