JOGAMOS: Assassin’s Creed Valhalla é evolução natural da série
Em teste online proporcionado pela Ubisoft, Meu PlayStation jogou três horas da próxima aventura da franquia
Brinquei de pique-esconde, me embebedei num casamento, corri atrás de um gato… Foi uma manhã de sábado bem agitada. E, não, não estou falando do meu dia, literalmente, mas sim de Eivor, protagonista de Assassin’s Creed Valhalla. No meio disso tudo, claro, explorei diversas regiões, cortei algumas cabeças, usei minha hidden blade e liberei pontos dominados por inimigos.
O MeuPlayStation teve a chance de testar o game, em um evento online da Ubisoft, e agora, após o Ubisoft Forward, podemos contar para vocês o que achamos. Foram três horas de atividades intensas e que comprovam que o próximo título da franquia tem tudo para se destacar tanto quanto Origins e Odyssey, sendo uma evolução natural da série.
Para contextualizar a experiência aos leitores, tudo funcionou assim: usando um aplicativo especial do UPlay, conseguimos jogar, com uma tecnologia de streaming, tanto Assassin’s Creed Valhalla quanto Watch Dogs Legion. Os games rodavam de um PC da Ubi em SP, com uma pessoa nos orientando a todo o tempo. Os testes foram feitos no PC, mas usando o DualShock 4.
Agora, vamos falar de Eivor.
Helheim
A história, pelo menos nas horas que testamos, não teve nada de Valhalla. Foi muito mais Helheim. Pelo menos, para os adversários. O combate do próximo Assassin’s Creed é excelente. As armas vikings, as habilidades e até mesmo os inimigos, que são bem desafiadores (guarde esse nome: berserker!) seja no meio das missões e/ou nas boss fights/encontros especiais no mapa.
Durante essas três horas de gameplay, fomos apresentados aos conceitos de combate, a um pouquinho do enredo principal e também às invasões e lutas contra “chefões” que ficam espalhados no mapa. São muitas as opções de conteúdo para o jogador.
A exploração do mapa é fundamental, as missões de história são envolventes – e há uma série de sidequests dos mais variados tipos. É um “suco de Assassin’s Creed” (nessa “nova geração” da franquia, é claro). O jogo pega o que deu certo no Egito e na Grécia e leva para a Grã-Bretanha, com algumas melhorias.
A skill tree está mais profunda, há mais equipamentos (e a possibilidade de usar duas armas, uma em cada mão) e ainda particularidades relacionadas especificamente à temática do jogo. Por exemplo: o jogador pode, como os vikings, usar barcos para chegar a alguns locais e invadi-los, controlando Eivor, mas também contando com o auxílio de sua tripulação.
Skal!
Esse, inclusive, é um dos principais objetivos que você tem: recrutar guerreiros para lhe acompanhar nessa jornada. Seja por sidequests ou pelas próprias missões de história. Aliás, falando em história, ela tem uma premissa simples: você é um líder de um clã viking no Séc. IX, buscando achar seu espaço nas terras do Reino Unido.
E, a exemplo do que aconteceu em Odyssey, o jogador pode escolher se quer viver essa aventura na pele de um homem ou de uma mulher – mas, dessa vez, ambos têm o mesmo nome, Eivor. Foi possível testar os dois e perceber as diferenças de jogabilidade bem claras de uma opção para a outra.
Outro ponto a ser destacado é que Valhalla também traz uma mecânica de diálogos com opções. Não deu para ter uma exata noção se isso tem consequências diretas no enredo, mas o sistema está lá. Vale ressaltar ainda as variadas referências à mitologia e à cultura nórdica em geral, algo no qual Assassin’s Creed sempre foi incrível e, certamente, não será diferente agora.
É importante frisar também que, como de costume, o título virá totalmente localizado para o português do Brasil – apesar de a avaliação ter sido com áudio e legendas em inglês.
Assassin’s Creed Valhalla: aprovado!
É claro que ainda falta muito para a versão final, e foram apenas algumas horas, mas deu para ter a exata noção de que Assassin’s Creed Valhalla é uma evolução clara da fórmula. Seguindo os moldes dos antecessores, porém com algumas atualizações e melhorias que irão fazer com que ele seja mais um capítulo de sucesso da saga.
Visualmente, como a experiência foi via streaming, obviamente não deu para saber perfeitamente o nível em que está o projeto. Mesmo assim, em algumas cutscenes e momentos em que alguns detalhes chamavam mais a atenção, dá para perceber que também não deverá decepcionar nesse aspecto.
Agora, é esperar o lançamento para vê-lo completinho, não só no PlayStation 4 como, principalmente, no PlayStation 5.