[Jogamos] Resident Evil 3 vai assustar e agradar muito aos fãs
Resident Evil 3 retorna com gameplay mais refinado.
A oitava geração será lembrada como uma fase regrada a recriações. Há os que torcem o nariz, mas há uma boa parcela feliz em poder reviver clássicos. Resident Evil 2, Shadow of the Colossus, Final Fantasy VII e Resident Evil 3 são alguns dos principais exemplos.
E a Capcom soube aproveitar muito bem esta demanda e, assim como em 2019, deve agradar (muito) aos fãs com Resident Evil 3. Passamos quase duas horas experimentando o game e temos uma boa base para afirmar que a empresa deve marcar presença no The Game Awards, mais uma vez.
Claro, a demonstração era limitada, mas não nos faltou oportunidades para explorar os cenários, enfrentar zumbis, resolver quebra-cabeças e tentar escapar do implacável Nemesis.
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Outro patamar
Você não vai ficar surpreso ao ler isso, mas Resident Evil 3 se aproveita bastante do antecessor de 2019. A visão quase sobre os ombros, as mecânicas de tiro, os enigmas no estilo leva-e-traz, áreas conectadas…etc. São bem parecidos. Mas fica a boa impressão: a Capcom não se limitou a só isso. Há ideias bem melhoradas.
Resident Evil 3 é mais dinâmico e fluído. Você consegue perceber que Jill Valentine é bem mais experiente do que Leon e Claire. Até a maneira como ela empunha as armas e encara os desafios é diferente. Você vai sentir o disparo de cada equipamento e soltar um “ouuu” ao explodir a cabeça de um zumbi com uma shotgun.
Adição bacana (e funcional) para esquiva. Jill consegue escapar das garras dos monstros se for rápida o suficiente para executar o movimento de “Finta” no tempo exato. E que fique claro: para sobreviver na infestação será necessário dominar de verdade esta nova habilidade.
STARS
Não há como escapar – literalmente – deste fato: Nemesis é o “tompero” especial de Resident Evil 3. E sim, ele é muito mais assustador do que Tyrant de RE2. A Capcom realmente cumpriu sua promessa de oferecer um perseguidor mais amedrontador.
Além da sua postura absolutamente intimidadora, Nemesis é deveras inteligente. Ele consegue desviar dos disparos, corre (óbvio), faz ataques corporais e tem tentáculos capazes de lançar a pobre Jill a vários metros. Além disso, ele é capaz manusear armas poderosas.
Fugir – tentar – do monstrão é um desafio e tanto. E mesmo quando ele não está na sua cola, há aqueles momentos onde ele aparece de repente, ocasionando sustos e situações absolutamente desesperadoras. Um bom exemplo foi em nossa sessão de testes quando a criatura surgiu de supetão. Não houve uma alma viva (ou quase) que não gritasse.
E mesmo diante de tantos obstáculos, você ainda é capaz de conquistar pequenas vitórias frente ao Nemesis. Assim como no original, os jogadores serão capazes de traçar estratégias e usar o cenário para causar danos na arma biológica e conseguir um respiro temporário aliviado.
Pelas ruas Raccoon City
Se em Resident Evil 2 os cenários eram um pouco mais restritos a delegacia de polícia, esgotos e laboratórios secretos, Resident Evil 3 oferece um pouco mais de Raccoon City.
Não, não é um jogo de mundo aberto. O conceito original foi mantido, mas oferece uma visão completamente nova da cidade. Ruas interditadas, caos, estações de energia, segredos, cantos ocultos, metrô e muito mais.
Os jogadores vão se deparar com cenários totalmente dominados pelo terror e desespero. As ruas têm os carros abandonados, edifícios destruídos, tudo parece ter saído do pior pesadelo da humanidade. A ambientação causa até um certo desconforto, porque parece real e dá pra ver que a Raccoon está vivendo um colapso irremediável.
Não vamos estragar as surpresas e entrar nos detalhes das novidades, mas espere encontrar os tradicionais quebra-cabeças, itens que resolvem problemas só muito adiante, locais que parecem algo, mas na verdade são outras coisas. Atenção aos detalhes ainda continua sendo uma das habilidades mais requisitadas dos jogadores.
Juntamente com as áreas para visitar, há muitos personagens que acompanham Jill. A interação é constante entre sobreviventes, soldados e até civis. Essa característica torna o jogo ainda mais tenso, já que cada pessoa age conforme os próprios motivos e vale ficar com pé atrás com todos.
E fidelidade ao clássico também parece em um ponto de menos destaque. Os puzzles não são lá muito complicados, pelo menos na parte que experimentamos. Talvez nas demais partes hajam outros desafios.
The Last Escape
A DEMO nos mostrou como Resident Evil 3 está em um nível de técnico bem alto. Assim como o segundo, este está belíssimo e tudo parece ainda mais chamativo nas ruas da cidade. As cores e toda atmosfera tensa é um deleite.
O grande atrativo do game, sem dúvidas, são as perseguições e confrontos contra Nemesis. O chefão vai extrair o melhor das habilidades (e o pior dos sentimentos) de todos os jogadores. Não serão encontros esquecíveis, mas cada momento promete ser único diante do monstruoso e imponente perseguidor.
Nossas impressões iniciais foram bastante positivas. Claro que só uma análise mais criteriosa e ampla vai nos revelar a verdade, mas há uma ótima vibe do que está por vir. Todos a bordo para partida do trem do hype.