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[Jogamos] New World: Aeternum abandona o MMO para se tornar um RPG de ação

Jogo da Amazon deixa de lado o foco em MMO e se concentra mais em uma proposta mais solo em um RPG de ação

por Daniel dos Reis
[Jogamos] New World: Aeternum abandona o MMO para se tornar um RPG de ação

A Amazon quer apresentar aos jogadores de PlayStation um “novo mundo”, um universo onde será possível se unir com vários outros players e enfrentar desafios colossais, viver uma jornada única, criar um personagem único…tudo isso em um ex-MMORPG amplo e diversificado. Opa, mas pera aí, já não vimos isso em tantos outros jogos? Sim. E talvez esse seja o principal desafio de New World: Aeternum.

Nos dias de Summer Game Fest, fomos convidados para darmos uma primeira olhada no game e ver o seu potencial. Passamos cerca de uma hora com título, experimentando seus momentos iniciais.

New World: Aeternum não é exatamente um game novo, ele é uma espécie de rework do original lançado em 2021. Esta “nova” versão adiciona novos personagens, mais conteúdo endgame, melhora o combate e, principalmente, o adapta para os consoles.

Na prática, essa adaptação se traduz em menus muito mais simples de se navegar, comandos feitos para serem executados em um controle e um foco principal em uma jogatina single-player, meio que adicionando elementos de “RPG de Ação” em detrimento do MMORPG e uma narrativa mais densa. Uma mudança tão drástica assim fez com que o projeto perdesse um pouco da sua essência, gerando dezenas de reclamações de quem já investiu muitas horas no original.

Mas o MMORPG não foi totalmente abandonado. Ele está ali, com a construção de um arquétipo, toneladas de opções para se familiarizar, classes, manufatura de equipamentos, estética do seu herói, aprendizado de habilidades. Começar este tipo de aventura pode ser um atropelo e afungentar aqueles não acostumados com tanta coisa para inteirar logo no começo da jornada.

New World: Aeternum

Sobrevivendo a tudo isso, finalmente podemos jogar! E funciona bem. O foco no single-player traz familiridade para os “consolistas”, com um caminho focado em história. Nosso objetivo inicial era começar em destroços de um novo e combater a tripulação possuída por demônios. Atacar, defender, disparar flechas (ou mosquete, caso seu personagem seja um mosqueteiro). É, de fato, mecânicas de ação.

Só depois de um tempinho foi que os NPCs deram as caras, as quest começaram a aparecer, o upgrade a pipocar na tela, as criações se tornaram necessárias, enfetizando mais os aspectos de RPG.

Nesse meio tempo, os companheiros – outros jogadores – entravam e saiam do grupo, podendo ajudar (ou não) a realização das missões. O ponto é: as quest não exigiam a participação de outras pessoas, reforçando a mensagem de que se trata mais de um jogo solo do que um MMO. É ruim? Não dá para saber com apenas uma hora de teste. Somente a versão final poderá nos dizer se as escolhas do desenvolvedores foi acertada. Mas as primeiras impressões são até positivas. A introdução nos guiou bem e até deixou um pouquinho de desejo para saber mais desdobramentos.

New World: Aeternum

New World: Aeternum tem uma missão complicada pela frente. Recuperar seu prestígio diante dos jogadores de PC, onde estreou super bem, com mais de 1 milhão de jogadores simultâneos em 2021, mas viu popularidade despencar ao longo dos últimos três anos. Ao mesmo tempo, vai chegar ao PS5 com uma identidade meio confusa, sem uma direção exatamente muito clara. O lançamento está marcado para 15 de outubro de 2024 e será comercializado pelo preço cheio.