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Final Fantasy XIV: jogamos Dawntrail, o novo capítulo do MMORPG

Dawntrail promete dar continuidade à história de mais de uma década de sucesso de Final Fantasy XIV

por Felipe Gugelmin
Final Fantasy XIV: jogamos Dawntrail, o novo capítulo do MMORPG

Manter um jogo em alta durante 10 anos não é uma tarefa fácil, especialmente quando ele se trata de uma experiência como Final Fantasy XIV. Não somente o MMORPG da Square Enix teve um começo complicado, como ele até hoje usa um sistema de assinaturas mensais que muitos de seus principais concorrentes acabaram abandonando com o passar do tempo.

A convite da Square Enix, viajamos para Los Angeles para conferir o que ela está preparando para o futuro do jogo com a expansão Dawntrail. Marcando o início de um novo arco de histórias, a atualização também vai trazer novas áreas exploráveis, duas classes inéditas e atualizações para áreas como o PvP e os visuais do jogo.

Antes de iniciarmos nossos testes, acompanhamos uma apresentação do produtor e diretor Naoki Yoshida, que explicou que o game está no auge de sua popularidade. Segundo ele, mais de 30 milhões de contas já foram registradas nos últimos 10 anos, e a aventura está pronta para evoluir em diversos aspectos.

Dawntrail inaugura uma nova era para Final Fantasy XIV

Os testes de Final Fantasy XIV: Dawntrail aconteceram em um servidor fechado, que só podia ser acessado pelos convidados das Square Enix. Nele, tivemos acesso à nova cidade de Tuliyollal e algumas das áreas a seu redor, com direitos a diversas caçadas, Fates e a um dos novos dungeons criados pela Square Enix.

Enquanto a princípio a sensação de explorar as novas áreas não pareceu muito diferente do que fazemos nas demais áreas do game, foi fácil perceber o quanto elas se beneficiam do upgrade visual que chega no patch 7.0. A desenvolvedora deixou claro que tudo o que vimos era um trabalho em andamento, mas os resultados já mostrados são bastante interessantes.

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Para atualizar os visuais do MMO, a empresa decidiu se focar mais em detalhes como iluminação, texturas e ambientação do que em personagens com modelos mais elaborados. O resultado final dá a impressão de que o título finalmente chegou à “Era HD”, algo que resulta em equipamentos mais atraentes e ambientes mais envolventes.

Pode parecer até tolo mencionar este detalhe, mas quem joga Final Fantasy XIV há algum tempo certamente vai ficar impressionado com as novas folhagens e detalhes de plantas. Infelizmente, não pudemos conferir as novidades dos ambientes mais antigos do jogo, mas aquilo a que tivemos acesso gerou expectativas bastante positivas.

Também chamou a atenção as inspirações para as novas áreas de Dawntrail, que trazem influências claras da arquitetura de povos como os antigos maias. A nova ambientação é diferente de tudo o que o MMO já apresentou no passado, garantindo a sensação de que realmente estamos iniciando uma nova era em sua história.

Novas classes

No entanto, o que mais chamou a atenção em nossos testes foram as novas classes disponíveis: o Viper e o Pictomancer. A seu modo, ambas trazem novidades interessantes de gameplay para o MMO, apresentando novas maneiras de lidar com desafios e exigindo atenção para as formas como elas funcionam.

A primeira delas ocupa o papel de DPS de curto alcance e tem um funcionamento que parece simples, mas é difícil de dominar. Isso porque o uso de suas habilidades básicas faz com que elas se transformem automaticamente nas próximas fases de uma série de combinações com objetivos e efeitos finais diferentes.

Em outras palavras, o Viper tem uma execução de golpes fácil, mas que não necessariamente resulta na facilidade de saber o melhor momento para usá-los. Isso se tornou ainda mais complicado dado que nossos testes envolviam um personagem de nível 100 e um tempo limitado, o que exigiu um pouco de experimentação até conseguirmos entender o que era melhor a fazer em casa situação.

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Com um visual estiloso (que lembra os assassinos de Assassin’s Creed) e golpes que alternam entre duas adagas e uma grande arma, a classe tem grandes chances de virar uma favorita do público. No entanto, ela deve exigir um bom treino antes de ser dominada, especialmente devido ao fato de não ser particularmente resistente a ataques inimigos.

Já o Pictomancer é uma classe mais “curiosa” e, até mesmo por isso, um pouco mais interessante. Ela se baseia no uso de uma série de telas que trazem a criatividade do jogador para a vida, causando uma série de efeitos que interagem de formas distintas dependendo das combinações que são feitas.

Os ataques básicos são formados por disparos mágicos lentos, mas que são necessários para fornecer a tinta necessária para pintar diferentes telas. Elas podem se centrar em equipamentos, criaturas e cenários, exigindo diversas fases de preparação antes de gerar ataques com capacidades bastante devastadoras.

Com isso, a classe acaba sendo uma que não ataca de forma tão constante, mas que, nas mãos certas, promete ser uma das mais divertidas e complexas de todo Final Fantasy XIV. Assim como aconteceu no caso do Viper, não foi possível dominar a opção em nosso curto tempo com o jogo, mas também deu para perceber o quão promissora ela é.

Final Fantasy XIV Dawntrail traz novos desafios

Durante nossos testes, também pudemos testar um novo dungeon, que se mostrou bastante desafiador mesmo para os personagens de nível 100 disponíveis. Povoado por chefes com padrões de ataque bastante agressivos, o local era especialmente complicado de lidar para grupos de jogadores formados na hora e sem grande familiaridade entre seus membros.

Entramos no novo desafio sem grandes contextos da história, sabendo somente que nosso alvo final era um monstro capaz de se alimentar da carcaça dos demais. A primeira fase, no entanto, envolvia uma perseguição de navio a um alvo, que consegue escapar e obriga os jogadores a continuar a pé a perseguição.

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A maioria dos confrontos do labirinto aconteceram nesse caminho, sendo o primeiro deles o mais desafiador. Nele precisamos enfrentar uma espécie de “peixe-boi gigante” que, além de fazer diversos ataques com dano em área, também podia convocar alguns “clones” que, se não fossem exterminados rapidamente, se mostravam mortais.

Os demais conflitos também foram de alta intensidade, mas se mostraram menos exigentes por oferecem padrões de ataque menos inesperados. Entre cada um deles também há batalhas contra inimigos menores, mas eles são pouco memoráveis e que, na prática, servem principalmente ao objetivo de estender a duração do dungeon.

Em geral, o novo desafio de Dawntrail se mostrou eficiente do ponto de vista mecânico, mas ficou a sensação de que faltou o lado da história que embasasse nossa aventura. Felizmente, isso não é algo que deve demorar muito para podermos conferir, já que a expansão deve estrear no começo de julho.

Sensação de “quero mais”

Ao encerrar nosso tempo com Final Fantasy XIV Dawntrail, a sensação que ficou é a de querer continuar explorando os novos cenários do MMO e descobrir mais sobre o que a Square Enix está preparando. A versão de testes infelizmente não permitiu conferir trechos de história ou interagir com NPCs, elementos que certamente vão enriquecer o universo criado pela empresa.

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Segundo Yoshida, tudo o que pudemos conferir ainda era um trabalho em andamento e sujeito a melhorias antes da estreia. Ao mesmo tempo, o diretor e produtor se disse confiante de que tudo vai ficar pronto a tempo do lançamento no dia 2 de julho, com acesso antecipado de alguns dias para quem tiver realizado a compra prévia.

Apesar da experiência a que tivemos acesso ser incompleta, a mera presença do Viper e do Pictomancer, bem como os upgrades visuais preparados pela empresa, já nos deixam bastante animados. Resta esperar que os demais conteúdos da expansão tenham o mesmo nível de qualidade que essas novidades já apresentaram.

Este artigo é baseado na versão em desenvolvimento de FINAL FANTASY XIV: Dawntrail, e o conteúdo da versão final está sujeito a alterações. O MeuPlayStation viajou à cidade de Los Angeles a convite da Square Enix.