[Prévia] Dragon Ball Sparking! Zero promete ser a experiência definitiva de Dragon Ball
Repleto de personagens, muitos modos de jogo e lutas muito empolgantes, Sparking! Zero tem tudo para ser o jogo definitivo de Dragon Ball
Cidade do México, 19 de setembro de 2024. Os alarmes tocam por toda a cidade, pessoas evacuam edifícios e o trânsito, que já é caótico, simplesmente colapsa. Apreensão visível, afinal o México já havia sido impactado por abalos sísmicos de grandes proporções em 1985, 2017 e 2022. Todos também em 19 de setembro.
E cá estamos nós, no fatídico dia, vivenciado tudo isso. O filme de terror vai se repetir pela quarta vez? Felizmente não. Tudo não passou de uma simulação e logo as coisas voltaram ao normal na cidade mexicana.
Mas o que tremeu mesmo foram nossos testes em Dragon Ball Sparking! Zero. A convite da Bandai Namco, pudemos experimentar mais de duas horas de uma versão quase finalizada do game e te contamos tudo.
Fãs de Tenkaichi, uni-vos
Se você acompanha o cenário de jogos de Dragon Ball, certamente sabe que os fãs da série Tenkaichi são os mais exigentes e sempre que um novo jogo da franquia era anunciado, uma enxurrada de comentários invadia os trailers pedindo – quase exigindo – um retorno dos clássicos de PS2. E pois bem, o dia chegou.
Dragon Ball Sparking! Zero é uma sequência de Budokai Tenkaichi 3 e, como toda continuação, gera duas situações: empolgação e desconfiança. Será que o legado vai ser respeitado?
Sendo bem direto: Sparking! Zero é o retorno que os fãs sempre sonharam. Embora esta ainda não seja uma revisão definitiva, mas uma prévia final, já dá para sabermos muitas coisas sobre o game, que se sustenta quase como um tripé (personagens, jogabilidade e conteúdo).
O primeiro impacto positivo, logo ao começarmos nossos testes, foi com a quantidade colossal de personagens. São mais de 180 opções de escolhas, que vão desde Goku e suas variações, aos vilões de filmes. É realmente bem impressionante!
Mesmo as diferentes versões de um mesmo personagem, como Goku, conta com golpes e características distintas. Claro, um pouco do move set é sim igual para todos, mas há elementos distintos que os tornam únicos.
Quando as batalhas começam, você sente o Ki nas suas mãos. É um jogo rápido, fácil nos seus primeiros passos, difícil de dominar completamente, bonito e altamente destrutivo.
Cada técnica é acessível de entender tanto em conceito como em aplicação, mas saber exatamente como usá-la e aproveitar as janelas de oportunidades é o que torna a experiência mais enriquecedora. Você só entende que está dominando o game depois de algumas horas.
Desviar de ataques, refletir as magias, saber qual o melhor momento para se energizar e quando soltar um Kaioken, controlar a câmera, vai determinar o vencedor.
É interessante observar como os desenvolvedores da Spike Chunsoft conseguiram imprimir uma originalidade na jogabilidade, ao mesmo tempo em que mantiveram a base de Tenkaichi. É uma missão muito difícil entregar, uma luta 3D em cenários muito grandes e destrutivos, com uma boa fluidez.
E, por fim, a oferta de opções de modos e progresso.
Há tutoriais, onde é ensinado o básico do jogo, batalhas onde seu time pode contar com até cinco personagens, personalizadas, episódios, galerias, enciclopédias, torneios e otras cositas mas.
Um destaque bem especial para as custom battles, que vão muito além de ditar regras simples. Elas são bem profundas e até podem se tornar complexas, já que existe um mecanismo no estilo “e se”.
E se Freeza tivesse vencido Goku em Namekusei? Você pode imaginar este hipotético cenário, colocando cutscenes, protagonistas, cartões de batalha, mecânicas, poses e até transformações. O céu resplandece… é o limite e você incorpora o próprio espírito de Akira Toriyama.
Dá até para compartilhar suas criações através da Internet, baixar criações de outros jogadores e modificá-las. Há um potencial gigantesco nisso, quando o poder da comunidade se fizer presente.
Para quem gosta de uma boa história, o próximo capítulo de Dragon Ball contará com o Episódios de Batalha, uma série arcos narrativos através da perspectiva de oito personagens, incluindo Goku, Gohan, Piccolo, Trunks do Futuro, Freeza, Goku Black e Jiren.
A trama é a mesma que conhecemos do anime e de muitos jogos da franquia, mas com um componente muito legal que pode ser um diferencial único. Em alguns momentos da narrativa é permitido fazer uma escolha que muda os rumos da história.
Por exemplo, logo no primeiro arco de Goku, quando Raditz aparece pela primeira vez e sequestra Gohan, é possível escolher entre ir com Piccolo ou sozinho. No anime, o guerreiro saiyajin faz uma inesperada parceria com o namekuseijin e vence o Raditz, mas também morre com um golpe mortal de Piccolo. Caso você escolha ir sozinho, Kuririn será sua companhia e a batalha contra o invasor é diferente.
Outra alteração que pode, ou não, acontecer é no confronto contra Vegeta. Nesta ocasião o Príncipe pode matar o Kuririn e antecipar o acontecimento de um evento super importante, que não iremos spoilar.
Essas opções de escolhas dão um novo incentivo para os jogadores experimentarem, mais uma vez, a história de Dragon Ball. Além disso, há capítulos com a história de Dragon Ball Super, que é novo para muita gente.
Nos meus testes, consegui avançar até os acontecimentos de Freeza, com algumas batalhas bem fáceis e outras bem mais complicadas, sendo necessário repetí-las. Esta build de Sparking! Zero é bem mais desafiante do que a versão que joguei anteriormente, no Summer Game Fest. O que é um alívio, já que naquela oportunidade as impressões eram de que o jogo seria fácil demais.
Mesmo para quem já conhece a trama, essas opções de mudanças, que você pode ou não fazer, são ótimas maneiras de imaginar como a série poderia ser se algo diferente acontecesse. Definitivamente, uma ótima possibilidade.
E, claro, há muitas opções para multijogador. Muito embora eu não tive a oportunidade de testá-lo, já que todas as minhas partidas foram single-player, sabemos que o game contará com uma opção de partida local, partidas ranqueadas, torneios e muito mais. Opções é o que não faltarão.
Infelizmente, meu tempo com Dragon Ball Sparking! Zero chegou ao fim. Foram mais de duas horas que passaram mais rápido que a Nuvem Voadora. Sai dos testes com a certeza de que em outubro os fãs terão muito o que apreciar no jogo. Há uma robusta entrega de conteúdos no que promete ser o jogo definitivo de Dragon Ball.
O lançamento é logo ali, em 11 de outubro para PS5, Xbox Series e PC. E aí, pronto para elevar seu Ki?