Dragon Age The Veilguard e o reencontro da BioWare

Los Angeles – É sobre a sua jornada, seus desafios, suas batalhas e suas experiências. Este é foco central de Dragon Age The Veilguard, com qual passamos mais de uma hora em uma demonstração a portas fechadas no Summer Game Fest.

E como toda aventura própria, tudo começa a criação do seu personagem… ou você mesmo. E é profunda, segundo nos mostrou o desenvolvedor. As possibilidades são bem amplas, com especial atenção ao tom de pele e as físicas dos cabelos, que em uma primeira impressão, estão absolutamente incríveis.

Em seguida, um dos momentos mais importantes: a escolha da sua classe. Ela vai definir as nuances e características do seu gameplay, suas habilidades, magias e muito mais. E, como em todo RPG, vale gastar muitas e muitas horas apenas trabalhando na construção do seu herói, afinal, ele será seu companheiro por longas e longas horas.

Características físicas definidas, classe escolhida, chega a hora de determinar sua facção. Outro momento chave, já que ela pode te levar por vários caminhos distintos, com diálogos, romances e um caminho.

Embora sejam apenas escolhas, na verdade elas são renúncias. Escolher uma ou outra opção implica em renunciar diversas outras possibilidades. Quais seriam as consequências se optarmos pelo diálogo A ou B? E se formos rudes com um NPC? Ou, quem sabe, mais receptível ao ponto de até traçar um caminho amoroso? Isso é Dragon Age…a história sua e só sua.

E não existe nenhuma boa história sem que haja companheiros ao lado. A BioWare sabe disso e tratou de concentrar esforços nestes aspectos. Seus companheiros contam com suas personalidades únicas, seus medos, anseios, motivações….enfim. Cada companheiro vive sua própria busca interior.

Segundo os próprios devs:

Cada um dos sete personagens que compõem seus companheiros terá histórias profundas e convincentes onde as decisões que você tomar impactarão seu relacionamento com eles – bem como suas vidas. Você unirá esta equipe de heróis enquanto enfrenta uma nova ameaça terrível lançada no mundo. Naturalmente, o Dread Wolf ainda tem um papel importante nesta história, mas você e seus companheiros – e não seus inimigos – são o coração desta nova experiência.

Mas estamos falando de um videogame. Histórias, narrativas, personagens… são partes importantes, óbvio, que sem um gameplay que represente tudo isso, não cumpre seu papel. E, felizmente, Dragon Age The Veilguard aparenta ser incrível.

Aparenta porque nosso tempo com ele foi curto. São impressões iniciais e não uma revisão completa.

Estamos diante de um RPG de Ação, muito fluído e dinâmico. A história nos guiou por uma ambientação incrível, onde uma força maléfica ameaça acabar com o mundo de Thedas e você e seu grupo tem a missão inicial de acabar com isso. E é óbvio que as coisas saem do controle, gerando muitas consequências – também fruto das escolhas. Mas sem spoilers por aqui!

No caminho, lidamos com demônios e outras aberrações. E é neste ponto que as habilidades do segue guerreiro (a) fazem a diferença. Cada classe lida de uma maneira com cada situação. Na demonstração acompanhamos um humano com seu arco, abatendo inimigos à distância, mas com ótimos recursos para lutas mais corporais.

As mecânicas de Dragon Age The Veilguard parecem lembrar um pouco do que já vimos em God of War, Diablo, Horizon, com roda de seleção, poções que combinam com as sua skills… é um RPG de Ação em tempo real, com vários inimigos na tela, em vários casos.

O combate imersivo combina controles fluídos de momento a momento com tomada de decisões táticas. Os jogadores podem personalizar totalmente sua experiência para se adequar ao seu estilo de jogo, com árvores de habilidades diversas entre três classes diferentes – Guerreiro, Mago e Ladino – cada uma com habilidades e especializações únicas. Escolha dois companheiros para se juntar a você em suas missões e libere poderosas combinações de equipe que podem mudar o rumo de qualquer batalha. Faça escolhas estratégicas e direcione seus aliados para lutar, curar ou ficar fora da briga com a roda de habilidades recém-adicionada.

Por fim, uma batalha contra um minichefe que exigiu ajuda dos companheiros – que nos acompanharam durante toda demonstração – ataques variados e um uso mais incisivo de uma habilidade capaz de disparar raios.

Infelizmente, nosso tempo com Dragon Age The Veilguard chegou ao fim. Foram mais de 60 minutos que passaram voando, deixando um gostinho de quero mais. Seria muito interessante ver o desfecho de todas as escolhas, mais habilidades, a evolução do herói e tudo mais.

E se estamos empolgados, é porque os desenvolvedores estão cozinhando algo muito entusiasmante e após uma recepção morna de Mass Effect Andromeda e do fracasso de Anthem, a BioWare parece ter encontrado novamente seu caminho.