BETA de Call of Duty Modern Warfare II deixa boas expectativas, mas com algumas ressalvas
BETA trouxe boas expectativas, mas a comunidade vem discutindo - bastante - os ajustes e a polêmica do mini mapa
Call of Duty Modern Warfare II pôde ser experimentado pelo jogadores nos dois últimos fins de semana em sua versão beta. Os testes, claro, movimentaram pessoas de todos os tipos, desde os fãs de carteirinha, aos novatos.
Para os iniciantes, o game é uma bela porta de entrada, pois é um dos mais acessíveis – a níveis de gameplay – da franquia, já que conta com dinâmicas mais cadenciadas e acessíveis.
Também agrada os mais experientes, já que também entrega um pouco mais de profundidade no Armeiro, que agora conta com um sistema de “família de armas”, oferecendo mais opções configurações e ajustes.
Mas, mesmo assim, MW II ainda precisa passar por ajustes finos para que todos fiquem satisfeitos, principalmente a níveis de menus, organização das informações e outros.
Acessível
A guerra moderna não é tão frenética como em Black Ops ou até mesmo o Vanguard. Ela é mais cadenciada – não significa que não seja intensa -, tática e exige que o jogador pense um pouco antes de rushar pelos mapas.
Apesar da curva de aprendizado ser um pouquinho maior do que em outros CoD, MWII é mais amigável no momento dos confrontos. Mesmo que você seja um noob, ainda assim vai conseguir conquistar seus abates com o passar das rodadas.
Não significa, porém, que os veteranos vão se decepcionar. Pelo contrário. Os soldados de carreira saberão explorar outras nuances do game, configurar seus equipamentos em níveis mais profundos e colocar em práticas seus conhecimentos.
Em resumo: é um jogo bem equilibrado (mas com ressalvas).
Armeiro
Uma das principais mudanças foi no armeiro. Antes, o meio mais tradicional de liberar armas era jogando, subindo de nível, e as novas opções iam aparecendo naturalmente. E, então, bastava escolher uma arma e subir seu nível para desbloquear seus acessórios.
Em MW II, o desbloqueio é por plataforma. Quase como uma árvore de habilidades, você libera uma plataforma, M4, por exemplo, e a partir da primeira vai liberando as outras que compartilham da mesma família.
Neste conceito, para desbloquear a M16, você primeiro joga com a M4 (mãe), desbloqueia seus attachments, até que um deles desbloqueia a M16. Que, por sua vez, conta com seus próprios níveis e um deles libera uma nova arma. E assim por diante.
A vantagem neste sistema é que, quando você chegar na M16 (ou suas descendentes), já terá os attachments liberados, já que eles foram abertos na progressão da M4.
E isso também vale para outras plataformas. Exemplo: você desbloqueia uma mira usando M4 e este mesmo attachment pode ser usado em uma outra plataforma, mesmo que sejam bem diferentes.
Neste último caso, vale ressaltar que nem todos os acessórios são compartilhados entre todas as plataformas, mas uma boa parte o é.
Parece confuso no começo, mas facilita quando você habilita uma arma nova. Com isso você não precisa liberar novamente todos os attachments que já haviam sido desbloqueados para uma outra.
Todo este processo abriu a possibilidade para Activision, possivelmente, comercializar pacotes para as plataformas. A própria pré-venda já conta com um Cofre de Armas, que nada mais é que isso. Um conjunto de attachments para plataforma M4.
Resta ver como isso vai funcionar na prática. Muitos jogadores já reclamam que isso pode oferecer uma vantagem para quem opta por comprar esses cofres e já liberar todos os acessórios de uma determinada família de armas.
Correções
A BETA também apontou que a Infinity Ward tem muito trabalho pela frente. Alguns mais simples, como balanceamentos, outros mais desafiadores.
Claro, como em qualquer Call of Duty, muitas armas e equipamentos precisam passar por ajustes, em especial as snipers. Algumas parecem causar mais dano do que realmente deveriam.
Os sons dos passos e o recoil das armas também merecem bastante atenção, principalmente o primeiro.
E, talvez, o principal problema do jogo até aqui. A organização da interface de usuário é muito ruim e pouco intuitiva. A navegação entre as seleções é esquisita, você não consegue encontrar opções que em jogos anteriores era bastante simples.
Além destes, há muitas reclamações da comunidade em relação ao mini mapa. Assim como no Call of Duty de 2019, quando você atira SEM silenciador, o mapa não revela sua posição. Algo que irrita muitos os jogadores. Nos demais jogos da franquia, funciona exatamente o contrário. Caso você dispare uma arma SEM silenciador, sua posição pode ser revelada para adversários próximos.
E, mesmo com as reclamações, parece que os desenvolvedores não devem mudar esse sistema.
A explicação é que o jogo se torna mais acessível para muito mais pessoas e até evita que os mais experientes joguem de forma mais agressiva (rushando).
Por fim, uma recomendação é a desativação do crossplay. Ainda que seja somente uma versão BETA, já há um número considerável de trapaceiros. O que é bastante frustrante e evidência que as medidas das Activision não parecem conseguir impedir isto.
De modo geral, os testes foram muito bons e deixaram expectativas positivas para versão final. Fica agora os desejos para que os pontos desfavoráveis sejam consertados a tempo.
E você, o que achou de Call of Duty Modern Warfare II?