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Rio Siofra: a história do mapa mais bonito de Elden Ring

Hipnotizante e encantador, o rio transmite uma sensação de paz que nem o inimigo mais cruel é capaz de tirar

por André Custodio
Rio Siofra: a história do mapa mais bonito de Elden Ring

O universo de Elden Ring, criado pela FromSoftware em parceria com George R.R. Martin, de Game of Thrones, segue encantando os jogadores com sua vastidão e profundidade. As Terras Intermédias abrigam verdadeiras zonas paradisíacas, com algumas delas capazes de hipnotizar por horas os maculados mais atentos.

Entre elas, o Rio Siofra se destaca como uma das áreas mais impressionantes do jogo, tanto por sua estética quanto pela riqueza da lore. Localizado abaixo da superfície de Limgrave, este mapa subterrâneo revela um mundo crepuscular que combina ruínas antigas, uma atmosfera etérea e adversários únicos.

A história do Rio Siofra se conecta diretamente ao passado das civilizações que precederam a Árvore Áurea, enquanto sua beleza visual o consagra como um marco estético — e absurdo — quando se trata de design artístico de jogos. Mas o que torna a região a mais bonita do soulslike? Bom… são muitas coisas.

A história do Rio Siofra

O Rio Siofra constitui uma das duas grandes correntes subterrâneas das Terras Intermédias, ao lado do Rio Ainsel. A área é descrita como o túmulo de civilizações que floresceram antes da ascensão da Árvore Áurea, um elemento central na mitologia de Elden Ring.

Ruínas colossais de uma antiga dinastia ascenderam, evidenciando um passado glorioso que sucumbiu ao tempo. Essas estruturas, agora habitadas pelos Homens de Argila — seres que serviram como sacerdotes dessa civilização perdida —, sugerem uma sociedade avançada que entrou em colapso, possivelmente devido à ascensão da Ordem Áurea ou a eventos catastróficos ligados à Vontade Maior.

A região também abriga Nokron, a Cidade Eterna, uma metrópole dos Nox que repousa acima do rio. Nokron torna-se acessível apenas após a derrota de Radahn, o Flagelo Estelar, quando uma estrela-cadente abre caminho para essa área superior.

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Fonte: Reprodução

Lá, os jogadores encontram a Lâmina Matadedos, um artefato capaz de ferir a Vontade Maior e seus emissários, os Dedos. Este item reforça a conexão do Rio Siofra com a rebelião dos Nox contra as forças divinas, tema recorrente na lore de Elden Ring.

Além disso, o Palácio Mohgwyn, lar de Mohg, o Senhor do Sangue, situa-se em uma ilha isolada do mapa. Mohg planeja estabelecer sua dinastia sangrenta a partir desse ponto, ligando o Rio Siofra à narrativa dos Semideuses e à fragmentação do Anel de Elden.

A presença dos Seguidores Ancestrais, habitantes espectrais que veneram o Espírito Ancestral, adiciona outra camada à história. Esses seres, junto ao grande cervo morto nos Campos do Chifre Sagrado, indicam uma cultura que reverenciava a natureza e espíritos antigos, contrastando com a Ordem Áurea que veio depois.

O Rio Siofra, portanto, funciona como um espelho do passado em Elden Ring, refletindo a ascensão e queda de civilizações que moldaram as Terras Intermédias.

Tranquilidade? Apenas nas estrelas…

O Rio Siofra apresenta uma variedade de inimigos que testam suas habilidades e deixam a experiência na área mais contrastante. Os Homens de Argila, encontrados nas ruínas iniciais, utilizam lanças e feitiços de bolhas mágicas, sendo perigosos em grupos. Sua aparência quebradiça e movimentos lentos escondem ataques surpreendentemente letais.

Os Seguidores Ancestrais dominam as áreas florestais do mapa. Armados com arcos que disparam flechas mágicas e capazes de invocar trovões, esses espectros se tornam especialmente ameaçadores à distância. Sua natureza fantasmagórica e ataques imprevisíveis demandam estratégias ágeis, como o uso do cavalo Torrent para flanqueá-los.

Entre os chefes de Elden Ring, o Espírito Ancestral se destaca como o primeiro grande confronto da região. Para enfrentá-lo, os jogadores devem acender oito pilares de chama espalhados pelo mapa, algo que desperta os restos do cervo gigante nos Campos do Chifre Sagrado.

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Fonte: Reprodução

Este chefe, com seus movimentos graciosos e ataques mágicos, reflete a reverência dos Seguidores Ancestrais pela natureza e apresenta uma batalha visualmente linda. Em Nokron, o Espírito Ancestral Régio oferece uma versão mais desafiadora de combate, exigindo que seis pilares adicionais sejam ativados. Mais resistente e mais voraz, ele pode facilmente fazer você desistir de avançar.

Outro inimigo notável é o Soldado Draconiano de Nokstella, acessível por um teletransportador na área central do rio. Este guerreiro gigantesco usa golpes devastadores com os braços, mas é fraco quando enfrentado à distância.

Por fim, Mohg, o Senhor do Sangue, representa o ápice da dificuldade no Palácio Mohgwyn. Sua luta, iniciada por meio de um teletransportador no Campo de Neve Consagrado ou pela missão de Varre, combina ataques de sangue corrosivo com uma presença imponente. Derrotá-lo rende a entrada no DLC Shadow of the Erdtree e uma Lembrança poderosa.

Por que o Rio Siofra é o mapa mais bonito de Elden Ring?

A beleza do Rio Siofra reside em sua composição visual e atmosférica, que o diferencia de outras áreas de Elden Ring. O céu subterrâneo, iluminado por um manto de estrelas artificiais, cria uma sensação de vastidão e mistério, como se os jogadores estivessem à beira do cosmos.

As ruínas colossais, com suas colunas imponentes e arcos quebrados, contrastam com a vegetação verdejante e os rios cristalinos e evocam uma harmonia entre o natural e o construído que gera paz, mesmo diante das situações mais adversas.

Enquanto isso, a iluminação desempenha um papel fundamental. A luz suave que emana dos pilares e das estrelas reflete nas águas, enquanto a névoa sutil adiciona um alto grau de profundidade. Os Campos do Chifre Sagrado, com suas árvores douradas e o cervo colossal, te permitem conhecer um ponto focal majestoso onde qualquer captura de tela beira o absurdo.

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Fonte: Reprodução

Até os inimigos, como os Seguidores Ancestrais e o Espírito Ancestral, integram-se ao ambiente com seus designs etéreos, reforçando a sensação de um mundo vivo e coeso.

Comparado a outras regiões, como a caótica Caelid ou ao sombrio Lago da Podridão, o Rio Siofra equilibra beleza e melancolia. Ele não depende de cores vibrantes ou excesso de detalhes, mas de uma simplicidade elegante que captura a essência de um passado perdido. Esse design intencional, aliado à trilha sonora sutil que acompanha a exploração, faz da região uma experiência sensorial única.

Você lembra da primeira vez que visitou o rio em Elden Ring? Se sim, o que sentiu? Comente!