God of War III: 15 anos de um game que até hoje é visto como referência na franquia
Lançado em 2010, game exclusivo de PlayStation deixa marcas significativas até hoje
No dia 16 de março de 2010, God of War III chegou ao PS3, dando fim à trilogia original de Kratos com uma explosão de violência, mitologia e ambição técnica.
Hoje, 15 anos após seu lançamento, o jogo da Santa Monica Studio permanece um marco na indústria dos videogames e segue visto como uma referência no sentido de salto gráfico e mecânico, revelando como seria a mistura ideal entre narrativa e gameplay.
God of War III não demorou para conquistar o público. Até junho de 2012, o título teria vendido mais de 5,2 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se o segundo jogo mais vendido da franquia e o nono mais popular do PS3.

O desempenho comercial reflete a expectativa gerada após God of War II, que deixou os fãs ansiosos pelo desfecho da vingança de Kratos contra Zeus. A Sony apostou alto na exclusividade do console, e o retorno comprovou o acerto: o jogo se consolidou como um dos pilares da marca PlayStation na sétima geração.
A recepção crítica colocou God of War III no panteão dos grandes jogos da década. Com 92/100 no Metacritic e 92,84% no GameRankings, o título recebeu elogios quase unânimes.
Inspirações, referências e legado de God of War III
God of War III mergulha fundo na mitologia grega, mas com uma releitura sombria e autoral. Inspirado por obras como Fúria de Titãs (1981), o jogo transforma deuses e Titãs em antagonistas trágicos e imponentes.
A traição de Zeus reflete narrativas clássicas de parricídio, enquanto a Caixa de Pandora remete ao mito homônimo, aqui reinterpretado como arma de destruição.
A influência de Indiana Jones aparece nos elementos de plataforma, e jogos como Prince of Persia moldaram a fluidez do combate. O resultado é uma experiência que equilibra fidelidade histórica com liberdade criativa, elevando Kratos a um anti-herói inesquecível.
Mais do que um jogo, God of War III definiu padrões técnicos e narrativos. Seus gráficos, considerados revolucionários em 2010, exploraram o limite do PS3, com cenários colossais e animações detalhadas.

A luta contra Cronos, por exemplo, impressiona até hoje pela escala. O título também consolidou o gênero hack and slash como veículo para histórias épicas, influenciando obras posteriores como Dante’s Inferno e a própria reinvenção da série em 2018.
Culturalmente, Kratos se tornou um ícone pop, símbolo de raiva e redenção, debatido tanto por fãs quanto por acadêmicos interessados na adaptação de mitos aos meios digitais.
Em julho de 2015, a Sony lançou God of War III Remastered para PS4, celebrando os 10 anos da franquia. Com resolução em 1080p e 60 quadros por segundo, o título aprimorou a fluidez e os detalhes visuais, como as texturas de Kratos e a iluminação dos cenários.
O Modo Foto e a inclusão de todo o conteúdo DLC, como o “Labirinto de Dédalo”, enriqueceram a experiência. Com isso, ele introduziu o jogo a uma nova geração, especialmente no Brasil, onde chegou com legendas e áudio em português de Portugal.

Nos bastidores, o desenvolvimento de God of War III exigiu anos de polimento: cada fase levou meses para ser concluída, um esforço que se reflete na qualidade final. Além disso, a trilha sonora, composta por Gerard Marino e as 15h de campanha oferecem um ritmo intenso e brutal.
Aos 15 anos, o game continua relevante. Seu impacto vai além das vendas ou notas: o jogo resume uma era em que a Sony apostava em narrativas ousadas e tecnologia de ponta. Para veteranos, é nostalgia; para novatos, uma porta de entrada ao universo de Kratos.
E em um mercado dominado por live services, o título reafirma o poder de uma aventura solo bem executada. Que venham mais 15 anos de legado.