Final Fantasy XIV: como iniciar sua aventura no MMO?

Lançado em agosto de 2013, Final Fantasy XIV: A Realm Reborn inaugurou uma nova fase de sucesso para um MMO que, até então, parecia condenado ao fracasso. Sem ignorar as histórias da primeira versão do jogo, o diretor e produtor Naoki Yoshida conseguiu atrair o público oferecendo uma mistura de histórias intrigantes com sistemas de gameplay sólidos.

Mais de uma década depois, o título se firmou como um dos principais pilares da Square Enix, atraindo um total de 30 milhões de jogadores. Com o lançamento iminente da expansão Dawntrail, não há sinais de que o título esteja perdendo ritmo, o que faz do presente o melhor momento possível para se juntar a ele.

No entanto, o fato de Final Fantasy XIV ser um MMORPG com um legado tão extenso pode fazer com que possa parecer um tanto complicado se juntar a ele. Entretanto, essa é somente uma impressão equivocada e, para não deixar dúvidas quanto a isso, preparamos um guia básico do que é preciso saber para iniciar suas aventuras nele.

Comece Final Fantasy XIV pelo Trial

Embora o jogo se sustente com base em assinaturas, não é preciso abrir a carteira para iniciar suas aventuras nele. A Square Enix oferece em todas as plataformas (PC, Xbox e PlayStation) um extenso período de Trials que permite conferir mais de 200 horas de conteúdo da história principal sem pagar nada por isso.

Para aproveitá-lo, é preciso se certificar de que a conta utilizada não possui qualquer ligação com uma versão paga do jogo. Assim, quem jogou Final Fantasy XIV em sua estreia e deixou o game de lado com o tempo, por exemplo, precisará iniciar um perfil totalmente novo se quiser aproveitar a oferta.

O Trial de Final Fantasy XIV pode ser encontrado gratuitamente na PSN, e é preciso ficar atento a algumas das restrições que ele possui:

• Jogue de graça até o nível 70 com os conteúdos de A Realm Reborn e das expansões Heavensward e Stormblood;
• Raças e classes de expansões mais recentes estão bloqueadas;
• Só pode carregar um máximo de 300 mil Gil;
• Apenas 8 personagens por Data Center;
• Não é possível usar os comandos “/shout” e “yell” para se destacar nos chats públicos, tampouco o “/tell”, que inicia um chat privado com outro jogador;
• Não há acesso ao quadro de itens vendidos publicamente, à função de troca ou ao Moogle Delivery Service (que fornece alguns bônus);
• Não há acesso aos “Retainers”, NPCs que podem ser usados para colocar itens à venda ou fazer algumas missões;
• Não há acesso às “Free Companies”, as guildas do MMO;
• Não há como iniciar “linkshells” (chats privados), mas é possível ser convidado a participar de um;
• O “Party Finder”, que facilita a criação de grupos, não está disponível;
• Não tem acesso ao modo PvP;
• Não pode comprar ou resgatar itens por sites como o Lodestone;
• Não tem acesso a recursos do site oficial, Companion App ou aos fóruns.

Como eu começo minha aventura?

Assim que você baixar Final Fantasy XIV, registrar sua conta e fazer seu primeiro login, a primeira tarefa a ser feita é escolher o Data Center e, dentro ele, o Reino em que você vai viver. Como não há servidores dedicados ao público sul-americano, os jogadores brasileiros tendem a habitar os norte-americanos e são encontrados principalmente em “Behemoth”, do Data Center Primal.

No entanto, muitos deles acabaram parando em outros lugares, seja para não lidar com questões como lotações frequentes ou por preferência pessoal. Assim, se você já tem algum amigo jogando (ou que pretenda jogar), vale a pena combinar com ele qual região vocês vão habitar.

Atualmente, Final Fantasy XIV permite que pessoas do mesmo Data Center, mas que estejam em mundos diferentes, formem grupos e participem das mesmas missões. No entanto, elas não vão poder fazer parte das mesmas Free Companies (Guildas). A empresa também oferece um serviço de transferência de mundos, mas será preciso pagar US$ 18 (R$ 94,43) por cada vez que você fizer isso.

Após escolher o lugar em que você quer jogar, é hora de determinar sua raça. Em Final Fantasy XIV essa é uma decisão meramente cosmética, já que não há diferenças de habilidades ou restrições de classes entre elas. Só leve em conta que, embora seja possível mudar essa opção no futuro, ela depende do uso de um item raro que precisa ser comprado com dinheiro real ou obtido em alguns dos eventos especiais do MMO.

Para completar, você deve escolher qual será a classe inicial de seu personagem, que pode se dedicar ao papel de tanque, curandeiro ou DPS. Nesse caso, recomendamos ir em direção daquela que mais parece atraente a seu gosto pessoal, sem se preocupar com grandes consequências.

Não demora muito até que o game permita que você troque livremente de classe e explore outros caminhos, caso o selecionado no começo não agrade. Na prática, você pode desenvolver todos os trabalhos do game com um único personagem, embora esse seja um processo que vai levar algumas centenas de horas para ser finalizado.

E depois que o Trial de Final Fantasy XIV acabar?

Após o fim do período de Trial, chega a hora de realmente investir na compra de Final Fantasy XIV, preservando tudo o que você já obteve até o momento. Atualmente, o jogo conta com uma versão Starter, que garante direito a Heavensword e Stormblood, e uma completa, que também traz Shadowbringers e Endwalker.

Caso você queria acessar Dawntrail, a melhor opção no momento é investir na Starter Edition e, em seguida, comprar a expansão mais recente. Isso porque sua aquisição também inclui acesso a Shadowbringers e Endwalker, fazendo com que o conjunto completo acabe saindo um pouco mais em conta.

Vale notar que, no PlayStation, uma única aquisição garante acesso à versão para PS4 e seu upgrade gratuito para PS5. Enquanto o jogo tem crossplay e um sistema de progressão compartilhada entre plataformas, você vai ter que comprar cada uma delas em separado caso queira jogar em diferentes locais.

Em outras palavras, é possível jogar com os mesmos personagens no console da Sony, no xbox e no Steam, mas você precisa primeiro comprar cada opção em separado e usar a mesma conta na hora de fazer seu registro nelas. Isso é especialmente importante no que diz respeito às assinaturas do jogo, que possuem diversos métodos de pagamento — e o mais acessível envolve a plataforma da Valve.

E como fica a assinatura?

Depois que você comprar uma das versões do MMO, é preciso optar por um de seus planos de assinatura, e é aí que as coisas ficam um pouco complicadas. Atualmente, a Square Enix oferece 30 dias de acesso junto à compra das versões Standart ou Complete, e dois tipos de planos: o de entrada e o padrão.

A diferença entre eles é a quantidade de personagens por Centro de Dados que é possível criar. Enquanto no primeiro o máximo é oito, no segundo esse número salta para 40. Em ambos os casos, é possível criar somente um total de 8 personagens por servidor, mas você dificilmente vai precisar disso graças às características de Final Fantasy XIV.

Confira os preços oficiais das assinaturas:

• Entrada – 30 dias – US$ 12,99 (R$ 68) mensais;
• Padrão – 30 dias – US$ 14,99 (R$ 78,64) mensais;
• Padrão – 90 Dias – US$ 13,99 (R$ 73,4) mensais;
• Padrão – 180 Dias – US$ 12,99 (R$ 68) mensais

No Brasil, o pagamento pode ser feito pelo site Mog Station usando um cartão de crédito internacional, que adiciona o IOF em cima de cada valor. Também é possível pagar diretamente pelo Steam, o que acaba sendo a opção mais viável — no plano de entrada com cobrança recorrente, isso derruba o valor mensal para aproximadamente R$ 30.

No entanto, para poder usar esse método é preciso que você tenha uma conta associada a pelo menos a versão básica de Final Fantasy XIV na plataforma da Valve. Caso você já tenha o jogo no PlayStation, isso pode significar ter que comprar mais uma versão e associar sua conta a ela, o que tem seu preço.

Ao mesmo tempo, isso pode valer a pena no médio a longo prazo caso você compre Final Fantasy XIV em alguma promoção. O valor investido acaba sendo compensado em pouco tempo, ainda mais levando em consideração que o método de pagamento oferecido sai por menos da metade das demais opções.