A ciência explica: por que Vampire Survivors é tão viciante?
Ciência revela diversos motivos que tornam o game uma experiência altamente estimulante
Há algo muito errado com Vampire Survivors — ou seria muito certo? Bom, independente do que for, isso tornaria o simples título da poncle viciante; e todas as pessoas nas redes sociais só falam disso quando o assunto é o roguelike.
Não é para menos: a fórmula simples e a progressão acessível facilmente te farão perder dezenas de horas em frente ao monitor ou à TV. E mesmo depois disso, você não sairá satisfeito. Há algo ali dentro que faz querer cada vez mais, quase sobrenatural.
Mas se esse efeito é tão comum e basicamente afeta todas as pessoas que jogaram Vampire Survivors, será que isso seria um fato científico? Confira abaixo algumas explicações para o game ser tão viciante:
Por que Vampire Survivors é tão viciante?
Dopamina e recompensas variáveis
A Teoria da Determinação Autônoma (Self-Determination Theory – SDT) sugere que jogos satisfazem necessidades de competência e autonomia.
Em Vampire Survivors, a coleta constante de gemas de experiência e upgrades dispara dopamina no cérebro, criando um ciclo de recompensa variável similar ao de caça-níqueis. Artigos como “The Role of Dopamine in Video Game Addiction” (Koepp et al., 1998) mostram que essa liberação neuroquímica é chave para o vício.

Progressão rápida e sensação de poder
Estudos sobre “power fantasy” em jogos, como “The Psychology of Power in Video Games” (Rigby & Ryan, 2011), indicam que a transição de fraco a poderoso é altamente viciante.
Em Vampire Survivors, você começa vulnerável e, em minutos, destrói hordas de inimigos. Isso é potencializado pela simplicidade: só mover o personagem, sem controles complexos, reduz a barreira de entrada e mantém o foco na recompensa.

Efeito Zeigarnik e ciclos curtos
O Efeito Zeigarnik (tarefas incompletas geram tensão mental) explica por que as runs de 30 minutos de Vampire Survivors são tão envolventes. Você quer “só mais uma tentativa” para melhorar e não para até conseguir.
Pesquisas como “The Psychology of Gaming Loops” (Hamari & Koivisto, 2015) confirmam que ciclos curtos com progressão mantém os jogadores presos.

Design inspirado em caça-níqueis
Luca Galante, criador do jogo, trabalhou com slot machines, e isso reflete no design. Artigos como “Gambling Psychology in Video Games” (Griffiths, 2018) mostram que efeitos visuais chamativos (explosões, números grandes) e recompensas constantes imitam máquinas de apostas.
O texto “How Vampire Survivors Uses Gambling Psychology to Keep Players Addicted” (HackerNoon) destaca como Vampire Survivors usa essas táticas éticas, sem microtransações predatórias, o que amplifica o apelo.

Baixa barreira e alta rejogabilidade
A simplicidade (auto-ataque, preço baixo de US$ 4,99) e a rejogabilidade (novos personagens, armas e mapas) são fatores psicológicos explorados em “Engage-ability in Game Design” (Hodent, 2017). Isso é reforçado por análises como “Why Vampire Survivors is So Addictive” (Medium), que cita a facilidade de acesso e o fluxo contínuo como viciantes.

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