Ainda há salvação para o PS Vita?
Lançado em 2011 no Japão e em 2012 nos demais países, o mais recente portátil da Sony era acompanhado da promessa de revolucionar a experiência de jogos além dos consoles de mesa. Sucessor do PSP, o Vita conta com gráficos de cair o queixo, no mesmo nível do saudoso PlayStation 3.
Mas, o que prometia uma experiência além dos consoles de mesa e uma liberdade de gameplay aliada a um grande desempenho, não teve um rumo esperado.
Uma grande promessa
O aparelho conta com uma belíssima tela de OLED multitoque de 5″, 960 x 544 pixels e aproximadamente 16 milhões de cores, câmera frontal e traseira, dois analógicos, auto falantes e microfones embutidos e um painel touch traseiro multitoque. Além disso, ele ainda possui sensores de reconhecimento de movimentos em seis eixos: (giroscópio de três eixos, acelerômetro de três eixos), bússola eletrônica de três eixos.
Durante o seu primeiro ano de vida, foram lançados excelentes títulos desenvolvidos exclusivamente para o portátil. Grandes franquias conhecidas como: Uncharted, Assassin’s Creed, FIFA e Call of Duty e fizeram do console, a princípio, uma grande aposta.
Além dos novos jogos, outros games de PSP e clássicos do PS1 incrementaram a biblioteca do console, tornando-o ainda mais atrativo.
A “era dourada” do dispositivo pode ser considerada a partir do seu lançamento até o final de 2o13. Durante essa época vários títulos first-party com boas avaliações foram lançados para o Vita.
O fim dos jogos AAA e uma outra utilidade
Mas, o que parecia ser uma grande promessa acabou se tornando quase um fracasso. O PS Vita, apesar de poderoso, não conseguiu emplacar bons jogos além daqueles já citados. Além disso, a concorrência, principalmente com smartphones e seus jogos acessíveis, fizeram do produto da Sony quase um peso de papel.
Vislumbrando este cenário pessimista, a companhia nipônica tratou de tornar o portátil um pouco mais útil, integrando várias funcionalidades com o recém lançado PlayStation 4.
Uma das principais utilidades do portátil é sua utilização como segunda tela para o console de mesa da Sony.
Em outubro de 2015 Masayasu Ito, executivo da Sony Computer Entertainment, em entrevista a um portal de games informou que a Sony estaria concentrando seus esforços para desenvolver jogos para o mais novo console, deixando os jogos de PS Vita sob responsabilidade de estúdios third-party.
Vários jogos são lançados por mês no PS Vita, mas desde 2013 não se vê mais títulos como CoD, Rayman, Assassin’s Creed, Uncharted. Títulos desenvolvidos por grandes estúdios como Ubisoft, Activision, Naughty Dog, etc.
Mesmo assim o portátil continua vivo, e possui uma vasta biblioteca de jogos, com foco na linha de “indies”, mas que não deixam de ser divertidos e bem feitos. Além disso, o dispositivo ainda pode ser conectado com o PS4 permitindo que você jogue no console utilizando o PS Vita, mesmo não estando no mesmo lugar que o console.
Para quem é o PS Vita?
O PS Vita pode ser visto como um importante aliado a jogadores que viajam com frequência e que não querem transportar o console, mas que não abre mão da diversão. Nesse caso, ter um PS Vita na mochila é essencial! Para os que não se encaixam nesse quadro mas se interessam pelos jogos desenvolvidos exclusivamente para ele, investir no portátil pode ser uma boa opção.
Ainda há esperanças?
Diversas funções, interatividade e aplicativos não conseguem salvar um vídeo game, pois é fato de que os jogadores são atraídos para uma plataforma pelo conjunto de bons jogos aliados as funções disponíveis na mesma. Independente de que os jogos Indies desenvolvidos sejam interessantes, legais e bem feitos, títulos com uma boa narrativa sempre fará falta na biblioteca.
Após praticamente dois anos sem grandes lançamentos para o PS Vita e com as declarações da Sony sobre as decisões da empresa quanto ao desenvolvimento dos jogos e o desinteresse das demais produtoras em desenvolver exclusivamente para o dispositivo, traça o destino de que o PS Vita desapareça das prateleiras e se torne apenas uma lembrança de algo que um dia foi tão promissor.