Activision assume ter utilizado IA generativa em Call of Duty
Editora se envolve em nova polêmica e se vê sem saída após mudanças nas políticas da Steam
A Activision assumiu ter utilizado inteligência artificial generativa na criação de alguns elementos de Call of Duty. A revelação veio após uma nova política da Steam, que exige que desenvolvedores informem quando se apoiam em IA para seus jogos.
Implementada em janeiro deste ano, a medida forçou a empresa a atualizar a página de Black Ops 6 na plataforma, admitindo a prática. De acordo com a empresa, “alguns recursos” foram suportados pelas tecnologias, mas não estão claro quais.
Por meses, jogadores apontaram indícios de que a Activision recorria à IA para produzir assets de Call of Duty, como skins, cartões de apresentação e telas de carregamento. Um exemplo foi uma arte de um Papai Noel zumbi com seis dedos, distribuída como recompensa em Black Ops 6, que levantou suspeitas devido às suas características deformadas — algo típico de inteligência artificial.
A empresa não especificou se o recurso foi aplicado apenas em conteúdos gratuitos ou também em itens pagos, como cosméticos vendidos na loja do jogo. Porém, em outra oportunidade, a editora já teria comentado sobre a decisão de usar ferramentas de aprendizado de máquina para moderar o bate-papo por voz e texto no jogo.
A admissão, feita por meio de uma nota curta na página da Steam, gerou reações mistas entre os fãs. Enquanto alguns criticam a falta de transparência anterior, outros questionam a extensão do uso da IA e quais assets foram afetados.

Call of Duty: Black Ops 6 está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC.
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