Unknown 9: Awakening é audacioso, mas parte técnica preocupa
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Unknown 9: Awakening é audacioso, mas parte técnica preocupa

Apesar de Instigante, misterioso e inovador, jogo ainda precisa de polimentos

por Daniel dos Reis

Ambicioso. Esta é a melhor definição de Unknown 9: Awakening, que não será somente um jogo, mas um universo transmídia que abrange livros, podcasts, quadrinhos, site e outros conteúdos. O propósito é oferecer uma espécie de universo interconectado, com histórias que se cruzam e contribuem para a proposta como um todo.

No papel parece um conceito muito interessante e até certo ponto, inovador, mas o jogo mesmo, ainda tem muito o que se provar.

A convite da Bandai Namco fomos até o México conferir um pouco mais deste conceito e te contamos mais dele logo a seguir.

Unknown 9 é um jogo de ação e aventura focado Haroona, uma jovem garota criada nas ruas de Kolkata, na Índia. Ela descobre ter habilidades sobrenaturais que permitem acessar uma dimensão oculta chamada “The Fold”, um plano alternativo que desafia as leis da física. Haroona, ao longo do jogo, precisa aprender a dominar esses poderes enquanto desvenda os mistérios sobre sua origem e seu papel no que parece ser uma luta maior entre forças ocultas. 

Os fãs de The Witcher da Netflix vão logo reconhecer o rosto de Anya Chalotra (Yennifer), que empresta suas feições para a protagonista e, acredite, este é um dos principais destaques do game.

Nossos testes logo percebemos que a versão Unknown 9: Awakening que nos foi oferecida conta com visíveis problemas de desempenho, com queda de framerate, cutscenes feias e até bugs. Não sabemos ao certo se era algo relacionado a máquina ou realmente falha de execução. De qualquer maneira, por se tratar de uma demonstração, daremos o benefício da dúvida, porém com uma pulga atrás da orelha.

No papel de Haroona, podemos explorar os ambientes, encontrar colecionáveis, escalar paredes de arbustos e, quando o combate chega, trocar socos com os adversários ou surpreendê-los furtivamente, mas a parte mais legal é poder controlar os inimigos – ainda que de forma bastante limitada. 

Na posse dos corpos alheios, Haroona pode provocar brigas, distrair os demais ou atacá-los com bastões ou armas, mas só é possível executar uma única ação por posse (bater, atirar…etc). Após isso, a heroína volta para seu corpo. Outra habilidade é ficar invisível por um curto período de tempo, o que facilita bastante as ações de furtividade.

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Mecânica de Stepping permitir “possuir” os corpos dos inimigos.

O ponto negativo, no entanto, é que os combates são um pouco travados, obrigando o jogador a ficar correndo no cenário para evadir das investidas adversárias. Também contribuiu para isso o fato de jogarmos o início do game, quando a moça tinha poucas habilidades. Certamente devem existir muito mais recursos ao avançar na trama.

A ideia principal, basicamente, é colocar os inimigos uns contra os outros, já que Haroona é bastante frágil e sempre leva a pior nas batalhas corporais. Então, sempre que chegar em um cenário novo, é fundamental estudar todos os caminhos possíveis, identificar as ameaças e ter um plano de ação em mente e só em últimos casos, ir para trocação franca.

E por se tratar de uma pegada mais stealth, esperava-se que a IA fosse mais bem trabalhada, contudo não foi exatamente o caso. A inteligência dos oponentes também não era lá essas coisas. Muitas vezes algo explodia ao lado de dois adversários e um deles simplesmente ficava sem reação, faltava proatividade e a formulação de estratégias menos óbvias.

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Lore do jogo parece muito interessante. Na expectativa por mais novidades. Fonte: reprodução.

Ao final de um trecho, vários inimigos apareciam ao mesmo tempo e o jogo se tornou um pouco mais desafiante, mas não necessariamente pelos motivos certos. Há um looping de gameplay entre: esperar a habilidade de entrar em outros corpos carregar, bater, correr e voltar ao início do ciclo. Pareceu um pouco repetitivo e olha que jogamos apenas 30 minutos do game.

O tempo curto também nos impediu de conferir como a trama se desenrola. A princípio, ela parece muito misteriosa e instigante. Não vou negar, senti vontade de procurar saber mais sobre os demais conteúdos em outros formatos de mídia. No entanto, é impossível deixar de mencionar que o jogo ainda carece de mais oportunidades para mostrar a que veio. Resta saber se haverá tempo, já que o lançamento é logo ali, em 17 de outubro, para consoles PlayStation, Xbox One e Series, além do PC.