Tecnologia

Criador de Star Wars defende regulamentação da IA: “pode ser usada para o mal”

Foco deve ser na segurança das pessoas e na caça às deep fakes

por Andrei Longen
Criador de Star Wars defende regulamentação da IA:

A IA chegou para ficar: seja nos computadores de altíssimo desempenho, na indústria dos games ou na do cinema, a tecnologia já tem sido usada em praticamente todos os segmentos. Essa expansão cria a necessidade de uma regulamentação da IA sobre serviços e também de alertas sobre possíveis perigos em que as pessoas podem ficar expostas, pois “ela também pode ser usada para o mal“. É o que acredita George Lucas, criador da saga Star Wars.

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A informação surgiu através de uma declaração do consagrado cineasta durante o Festival de Cannes, o clássico evento de cinema que aconteceu entre os dias 15 e 24 de maio, na França. Na ocasião, Lucas disse entender a inteligência artificial como uma ferramenta que já se estabeleceu e continuará a ser usada de todas as formas. E que, a partir daqui, se faz necessária a regulamentação da IA para, sobretudo, garantir a segurança das pessoas.

Veja trechos da declaração de George Lucas abaixo, com informações do O Globo.

Com a IA, ficou muito mais fácil para nós fazermos filmes. É o progresso, o futuro. Ela veio para ficar, é inevitável. Só precisamos de instrumentos para regulá-la, porque também pode ser usada para o mal. Como aconteceu com os carros, que foram transformados em tanques e vão matar pessoas. […] Sempre haverá pessoas más no mundo. Mas sinto que a internet e a IA também podem ser usadas para reparar erros criados por essas tecnologias. As empresas que trabalham com IA podem desenvolver algo para detectar o que é falso ou real e indicar de onde veio. A IA é capaz de fazer isso, os humanos não podem, porque simplesmente não somos tão inteligentes. Ela pode detectar o que é uma deep fake, apontar o que é notícia falsa e o que não é. Temos que fazer isso, como já deveríamos ter feito no início da internet.

Regulamentação da IA no Brasil

Atualmente, já são 46 projetos de lei que discutem a implementação de uma regulamentação da IA no Brasil. A principal pauta mais citada é sobre o uso das deep fake, recursos que mudam rostos e vozes de pessoas com resultados muito próximos do real por meio de IA. Assim, essas informações, imagens e vídeos falsos criam conteúdos para fins políticos, publicitário e pornográfico, criando um impacto social prejudicial. Outros assuntos inclusos nas proposições: direitos autorais, plágio, sanções específicas para crimes cometidos com IA e regulamentação para veículos autônomos.