Cientistas criam nova molécula que pode resolver burn-in do OLED
Pesquisadores da Universidade de Cambridge trabalham para melhorar os emissores de luz azul em telas de OLED
Pesquisadores da Universidade de Cambridge publicaram um artigo em que descrevem uma nova molécula que pode ser a solução para revolucionar o OLED. Além de ajudar na durabilidade e evitar problemas de burn-in, a nova tecnologia promete também cores mais puras e melhor eficiência energética.
O burn-in é o chamado “calcanhar de Aquiles” das telas OLED, mas ele é apenas resultado do verdadeiro ponto fraco da tecnologia: seus emissores de luz azul. Telas desse tipo usam três emissores de cores: um vermelho, um verde e um azul (o famoso RGB). É a mistura dessas cores em diferentes intensidades que resulta nas imagens que assistimos.
Os emissores azuis, no entanto, são muito mais problemáticos e degradam muito mais rápido que os outros, sendo os principais responsáveis pelo problema de burn-in. É por isso que os cientistas de Cambridge trabalharam numa nova molécula com “barreiras protetoras” para evitar a degradação e oferecer mais durabilidade ao OLED.
“Nós criamos uma molécula que nos permite simplificar a camada emissiva do pixel azul para apenas dois componentes, enquanto é mantida alta eficiência, o que poderia ajudar a diminuir os custos” – declarou Dr. Daniel Congrave, um dos autores do artigo e da pesquisa. “A molécula que descrevemos nesse artigo é também uma das mais estreitas que emitem luz azul atualmente, o que é muito útil para telas porque permite para uma pureza de cor maior.”
O tamanho estreito também promete maior eficiência energética e redução de custos de fabricação. Ou seja, se a pesquisa der certo, poderemos ver telas de OLED não só mais duráveis, mas também mais baratas no futuro.
Empresas investem muito em OLED
Enquanto a tecnologia dos LEDs orgânicos não é perfeita, ela certamente fica cada vez mais popular. O portfólio de produtos usando esse tipo de painel não para de crescer e a tendência deve continuar neste ano.
A LG, por exemplo, investiu quase US$ 1 bi para aumentar sua produção de painéis. Isso pode resultar numa redução de preço em breve. Leia mais aqui.