Executivos da Unity venderam ações dias antes do anúncio da nova política de taxas
Decisão polêmica de cobrar desenvolvedores por instalação de jogos não está sendo bem vista pela comunidade
A nova política de taxas da Unity ganha contornos dramáticos, à medida que mais notícias passam a aparecer. Dias antes da determinação, executivos da empresa teriam vendido milhares de ações, alcançando a casa de quase US$ 4 milhões.
De acordo com dados do Yahoo Finance, o CEO John Riccitiello vendeu 2 mil ações no dia 6 de setembro. Enquanto isso, o presidente de crescimento, Tomer Bar-Zeev, vendeu 37,5 mil em 1º de setembro, e o conselheiro Shlomo Dovrat transferiu 68 mil em 30 de agosto.
O fato chegou a descontentar desenvolvedores de jogos, que compartilharam sua insatisfação nas redes sociais. Scott Richmond, diretor da Brightrock Games e utilizador do motor da Unity, postou uma mensagem ironizando a estratégia dos executivos.
Pretty cool to see #unity execs performing actual insider trading by selling shares mere days before the obvious shitshow that is now the pricing structure changes. pic.twitter.com/P7ZYfPJlyV
— Scott Richmond (@ScottTRichmond) September 12, 2023
É muito legal ver executivos da Unity realizando negociações com informações privilegiadas reais, vendendo ações poucos dias antes do óbvio show de m**** que agora é a mudança na estrutura de preços.
Unity recua em decisão, mas não escapa de críticas na internet
Com a repercussão negativa vindo de todas as esferas gamer, a Unity decidiu flexibilizar a decisão de cobrança das taxas. Agora, a empresa exigirá uma compensação apenas na primeira vez em que o jogo é instalado, em vez de cobrar por cada download feito.
Apesar disso, aparentemente o estrago já foi feito. Mesmo com a insatisfação, detentores de plataformas fornecedoras de jogos — como Sony e Microsoft — pagarão uma tarifa para a empresa sempre que um jogo impulsionado pelo motor gráfico for baixado.
O que você achou dessa determinação? Será que ela terá impacto na monetização de jogos? Comente!