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Executivos da Unity venderam ações dias antes do anúncio da nova política de taxas

Decisão polêmica de cobrar desenvolvedores por instalação de jogos não está sendo bem vista pela comunidade

por André Custodio
Executivos da Unity venderam ações dias antes do anúncio da nova política de taxas

A nova política de taxas da Unity ganha contornos dramáticos, à medida que mais notícias passam a aparecer. Dias antes da determinação, executivos da empresa teriam vendido milhares de ações, alcançando a casa de quase US$ 4 milhões.

De acordo com dados do Yahoo Finance, o CEO John Riccitiello vendeu 2 mil ações no dia 6 de setembro. Enquanto isso, o presidente de crescimento, Tomer Bar-Zeev, vendeu 37,5 mil em 1º de setembro, e o conselheiro Shlomo Dovrat transferiu 68 mil em 30 de agosto.

O fato chegou a descontentar desenvolvedores de jogos, que compartilharam sua insatisfação nas redes sociais. Scott Richmond, diretor da Brightrock Games e utilizador do motor da Unity, postou uma mensagem ironizando a estratégia dos executivos.

É muito legal ver executivos da Unity realizando negociações com informações privilegiadas reais, vendendo ações poucos dias antes do óbvio show de m**** que agora é a mudança na estrutura de preços.

Unity recua em decisão, mas não escapa de críticas na internet

Com a repercussão negativa vindo de todas as esferas gamer, a Unity decidiu flexibilizar a decisão de cobrança das taxas. Agora, a empresa exigirá uma compensação apenas na primeira vez em que o jogo é instalado, em vez de cobrar por cada download feito.

Apesar disso, aparentemente o estrago já foi feito. Mesmo com a insatisfação, detentores de plataformas fornecedoras de jogos — como Sony e Microsoft — pagarão uma tarifa para a empresa sempre que um jogo impulsionado pelo motor gráfico for baixado.

O que você achou dessa determinação? Será que ela terá impacto na monetização de jogos? Comente!