Santa Monica explica como sidequests de God of War Ragnarok humanizam Kratos
Santa Monica Studio explica complexidade na elaboração das missões secundárias
A Santa Monica Studio elaborou uma série de missões secundárias para God of War Ragnarok. Quem já jogou deve ter reparado como elas estão mais profundas e conectadas à mitologia e ao passado dos personagens envolvidos. O estúdio comentou como cada uma delas humaniza Kratos e os demais deuses do game.
No PS Blog, Anthony DiMento, líder de design para engajamento de jogadores, e Rich Gaubert, roteirista principal do título, revelaram mais detalhes de como isso tudo foi elaborado. As sidequests não apenas expandem o mundo, mas contam histórias interessantes sobre as divindades.
Logo no início do gameplay, Mimir tenta se redimir por ter prejudicado os anões em Svartalfheim ao tentar conquistar a confiança de Odin. As grandes máquinas de mineração poluíram o reino, mas ao lado de Kratos e Atreus, ele limpa a área para se sentir menos culpado.
“O foco deve ser nesses personagens e temas para garantir que a rota principal, o enredo e as histórias das missões secundárias façam parte de um quebra-cabeça maior”, disse o roteirista.
Ainda segundo Gaubert, essa estratégia ajuda os jogadores a gostarem ainda mais dos personagens de God of War Ragnarok. Além disso, muitas dessas missões servem como uma lição para Kratos:
É sobre se manter em seus temas e colocar seus personagens secundários como espelhos do herói, mostrando o que pode ser um caminho não seguido ou um aviso para o que pode acontecer se o personagem continuar no rumo em que está. São reflexos de nosso herói, e certamente aplicamos essa filosofia em nossa história em geral, mas também em histórias secundárias e como elas devem servir ao todo.
Fazer isso tudo em God of War Ragnarok foi um pouco complexo
As missões secundárias de God of War Ragnarok podem ser feitas a qualquer momento do jogo, o que deixou a produção de cada uma delas ainda mais complexa. Nem sempre Kratos está com Atreus. Outros personagens podem acabar participando das empreitadas no final das contas — spoilers abaixo!
Seja acompanhado de Freya ou Atreus, as linhas de diálogo costumam entregar uma maior profundidade no relacionamento dos personagens. Na quest do Lyngbakr, criatura aprisionada por Mimir, por exemplo, ambos são impactados de alguma forma quando estão juntos de Kratos. Gaubert explicou como isso funciona:
Essa história foi muito fértil para nós, porque é um reflexo do elenco de personagens como um todo. É óbvio para Mimir e Kratos, pois eles literalmente já foram aprisionados. Mas também é um reflexo de Freya, que ficou presa em Midgard por muito tempo e, antes disso, em um casamento tóxico. E também Atreus, um filho metaforicamente preso no papel dado por sua família, do qual ele desesperadamente quer escapar.
Isso tudo tem um peso enorme na humanização de Kratos. Lembram quando Atreus diz que ouviu um grito no deserto na visita ao reino dos elfos? DiMento explica como isso aproxima os dois:
No ‘Segredo das Areias’ e em ‘A Canção das Areias’, se você fizer essa história com Atreus, ele ficará perguntando a Kratos: ‘Por que estamos fazendo isso? Por que quer ajudar esse animal?’ E então você recebe um momento muito bonito, quase uma frase de efeito de Mimir, que diz algo do tipo, ‘Ele está fazendo isso porque quer passar um tempinho com você’.
Como foi a sua experiência em God of War Ragnarok? Sabia que o jogo poderia ter sido bem diferente? Com Kratos derrotado por Thor, Atreus tentaria revivê-lo 20 anos depois. Veja aqui!