Project Colonies: MARS 2120 é um metroidvania brasileiro inspirado em Castlevania

Durante a Brasil Game Show 2022, a QUByte Interactive, desenvolvedora e publisher brasileira, trouxe detalhes de Project Colonies: MARS 2120, metroidvania que chegará no 1º semestre de 2023 ao PS4, PS5, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC. O título reúne grandes inspirações em Castlevania e promete elevar o padrão dos jogos do nosso país.

Em sessão fechada no estande da empresa, o MeuPlayStation teve a oportunidade de conversar com Bruno Carvalho e Marcel Bernardi, devs responsáveis pelo projeto. Eles apresentaram o início do jogo e fizeram várias considerações sobre o gameplay, a história e até sobre o mercado brasileiro de games.

Project Colonies: MARS 2120 é um metroidvania 2.5D construído em cima de diversas inspirações. As principais delas são Castlevania: Symphony of the Night, Guacamelee! e Super Metroid, mas os gamers mais atentos também encontrarão referências de franquias como Blade Runner, Alien, Dead Space, Mega Man e muito mais.

O projeto está sendo desenvolvido na Unreal Engine 4. A não utilização da 5ª versão do motor gráfico é justificada por Carvalho, pois quando a produção começou ela ainda não existia. Além disso, a edição anterior da UE possui um suporte melhor a hardwares da geração passada (PS4 e Xbox One) na visão da QUByte.

Explore e descubra a história de Project Colonies: MARS 2120

Project Colonies: MARS 2120 se passa no século XXII, onde os humanos já hastearam bandeiras e criaram colônias em outros planetas do sistema solar. No entanto, a “Primeira Colônia”, sediada em Marte, envia um sinal de ajuda à Terra, que faz um grupo de elite espacial partir rumo ao resgate.

Os jogadores controlam Anna Charlotte, líder do tal grupo de elite, que acorda na colônia marciana sem saber o que está acontecendo. Agora, cabe aos players descobrirem tudo, ao explorarem os mapas em busca dos “audiologs”, que contarão a história do game.

Segundo Carvalho e Bernardi, não haverá múltiplos finais para o jogo, mas a forma com a qual o jogador o interpreta irá diferir. Isso porque, determinado player pode ser explorador e encontrar mais audiologs, que detalharão os acontecimentos da colônia, enquanto outro, talvez, ignore portas trancadas e deixe de saber coisas importantes.

Um fato importante a mencionar é que o título está totalmente dublado e legendado em português brasileiro. Além disso, os fãs ainda conseguirão experimentar o gameplay em inglês e espanhol, se preferirem.

Desbloqueie habilidades, faça combos e explore

Project Colonies: MARS 2120 exigirá que os jogadores explorem e conheçam os mapas para desbloquearem novas habilidades e upgrades. Com isso, os aventureiros de plantão conseguirão os poderes necessários para enfrentarem os próximos desafios.

Na apresentação, a QUByte exibiu a luta contra o primeiro chefão, onde ficou claro como o sistema de combate funcionará: é uma mescla de ataques à curta e longa distância. Anna Charlotte poderá atirar contra seus inimigos, bem como usar suas artes marciais para encarar o perigo.

Claro, existem adversários com determinadas fraquezas e resistências, que exigirão do jogador um conhecimento prévio para lidar com elas — especialmente contra bosses. Por exemplo, se o oponente for de gelo, Anna precisará usar seus poderes de fogo para eliminá-lo. Agora, se o inimigo usar fogo, a protagonista terá mais dificuldades em abatê-lo com gelo.

Um fator importante do gameplay de Project Colonies: MARS 2120, é a utilização de combos nas batalhas. Ao combinar poderes elementais com ataques básicos, o player terá mais chances de eliminar inimigos, bem como atravessar os mapas.

Falando em mapas, a exploração também é crucial na jogabilidade. Quando se desbloqueia um elemento, o jogador poderá voltar a determinado lugar para usar a skill correspondente e liberar um caminho. Por exemplo, em certas portas, só o gelo a abrirá.

Os elementos também possuem características, para “parecerem únicos”, segundo Bruno Carvalho e Marcel Bernardi. O núcleo de gelo lhe concederá uma shotgun para curta distância, o de fogo corresponde a um lança-chamas, enquanto o elétrico é bom para atirar de longe. Além disso, eles garantem maior poder ofensivo (fogo), defensivo (gelo) e velocidade de movimento (eletricidade).

Acessibilidade é parte importante de Project Colonies

Quando abordamos o assunto acessibilidade, Carvalho e Bernardi garantiram que o jogo incluirá as mais diversas opções para torná-lo único a cada player. Os níveis de dificuldade pré-definidos — “fácil”, “médio” e “difícil” — estão lá, mas também haverá como ajustar como cada inimigo se comportará, aumentar ou diminuir suas barras de HP, entre outras coisas.

Calma, não é “só” isso. Também espere por um modo para quem possui daltonismo — visto que entender as cores presentes nas habilidades e nos mapas é parte fundamental da experiência.

Diferenças no PlayStation 5?

Conforme já dito, Project Colonies: MARS 2120 estará disponível em todas as plataformas, mas jogadores de PlayStation 5 podem esperar por regalias a mais. Segundo a QUByte, as tecnologias únicas do DualSense marcarão presença no gameplay.

Quanto aos gráficos, na nova geração os fãs conseguirão alternar entre os modos de “fidelidade” e “performance”. O primeiro garante resolução em 4K, enquanto o outro procura maior desempenho de FPS. Além disso, os tempos de carregamento no PS5 e Xbox Series serão mais rápidos.

Os jogadores de PC também têm algo a comemorar: uma versão Early Access chegará à Steam no dia 27 de outubro, oferecendo um gameplay completo — do início ao fim da história. A QUByte ainda disse que pretende levar o acesso antecipado aos consoles, mas é uma tarefa mais complicada obter as aprovações da Sony, Nintendo e Microsoft.

Preço de Project Colonies: MARS 2120 no Brasil

Por fim, Carvalho e Bernardi comentaram sobre a política de preços para o Brasil. A intenção da QUByte é fornecer Project Colonies: MARS 2120 em um valor que reflita a realidade do nosso país.

Não espere um título a preço cheio — especialmente por um jogo com duração entre 6h e 8h. Além do que, por ser uma empresa brasileira, ela entende não fazer sentido cobrar caro e não acabar abraçada pelo público no futuro.

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