Grupos de consumidores de 18 países europeus protestam contra loot boxes
20 grupos de consumidores se reúnem solicitando maior regulamentação sobre os loot boxes
Como forma de apoio a um relatório recém-publicado pelo Conselho do Consumidor Norueguês (NCC), 20 grupos de consumidores de 18 países europeus se reuniram para protestar contra as loot boxes. As demandas exigem a proibição do “design enganoso” de recurso e maior regulamentação, acusando empresas de estarem explorando os jogadores.
A iniciativa é a mais contundente já realizada nos últimos anos e vem ganhando força na Europa, com a presença de diversos integrantes da Organização Europeia de Consumidores, em Bruxelas. O documento de quase 60 páginas menciona FIFA 22 e Raid: Shadow Legends (PC e mobile) como estudo de caso e afirma haver apelos a um vício “predatório”.
Segundo o texto, as loot boxes são aplicadas sem transparência ou qualquer tipo de garantia para menores, tendo como bases “vieses cognitivos e vulnerabilidades por meio de design enganoso”. Além disso, o sistema de microtransação utilizaria um marketing agressivo com capacidade de “impulsionar as vendas” e de “distorcer os custos monetários do mundo real”.
“Devido ao tamanho do mercado [de jogos] e ao número de consumidores afetados, as autoridades nacionais e da União Europeia devem priorizar investigações e intervenções regulatórias”, esclareceu Finn Myrstad, diretor da NCC. “As autoridades e a indústria devem assumir a responsabilidade de garantir um ambiente seguro para os jogadores”, completou.
Uso de loot boxes rende processo à Take-Two
No início do ano, um processo coletivo foi mobilizado contra a Take-Two devido às loot boxes abusivas aplicadas em NBA 2K. Registrada no estado de Illinois, Estados Unidos, a ação acusa a empresa de utilizar “práticas injustas, enganosas e ilegais” e cobra uma indenização de mais de US$ 5 milhões. Clique aqui para saber mais.